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Cuiabá, 12 de Maio de 2024
12 de Maio de 2024

27 de Junho de 2017, 11h:03 - A | A

PODERES / DENUNCIOU OFICIAIS DA PM

Revelar informações sigilosas é crime grave, considera Taques

Para o governador Pedro Taques, a decisão judicial que determinou a soltura dos oficiais da Polícia Militar não deve ser criticada. Porém, reforçou acreditar que os coronéis cometeram crimes ao vazar informações a respeito das investigações dos grampos.

CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO



O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou nesta terça-feira (27) ter considerado um “crime grave” o vazamento de informações do inquérito policial que investiga as interceptações telefônicas clandestinas, operadas pela Polícia Militar de Mato Grosso.

Por esse motivo, denunciou, na sexta-feira (23) dois oficiais ao Tribunal de Justiça e ao coronel Jorge Catarino de Moraes, que preside o inquérito. O coronel Alexandre Correa Mendes, corregedor-geral da Polícia Militar, e o tenente-coronel Victor Paulo Fortes Pereira, diretor de Inteligência da corporação, foram presos administrativamente. Eles estão afastados das funções.

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No entanto, na noite de segunda-feira (26), o juiz Bruno Marques, substituto da Vara Criminal Especializada de Justiça Militar de Cuiabá, determinou a soltura dos oficiais, alegando fragilidade na prisão, uma vez que Catarino não teria respeitado a hierarquia dos colegas, por ser coronel reformado, enquanto os demais estão na ativa.

“Eles vieram aqui e, ao que consta, cometeram crimes e eu não podia agir de outra forma a não ser denunciar ao presidente do TJ. Porque revelar segredos de justiça, ao menos para mim, é um crime grave, a não ser que o judiciário entenda que não seja”, disse o governador.

Para Taques, a decisão judicial não deve ser criticada. Porém, reforçou acreditar que os coronéis cometeram crimes ao vazar informações a respeito das investigações.

“Eles vieram aqui e, ao que consta, cometeram crimes e eu não podia agir de outra forma a não ser denunciar ao presidente do TJ. Porque revelar segredos de justiça, ao menos para mim, é um crime grave, a não ser que o judiciário entenda que não seja”, disse o governador.

Denúncia

Taques denunciou os oficiais por meio de um ofício encaminhado ao presidente do TJ, o desembargador Rui Ramos, e ao presidente do inquérito policial, Jorge Catarino. A denúncia culminou nas prisões dos coronéis Mendes e Fortes.

Segundo o governador, os dois oficiais da PM procuraram os secretários Airton Siqueira Júnior, Evandro Lesco e José Adolpho Vieira, secretários de Justiça, Casa Militar e Casa Civil, respectivamente, para que “se preparassem”, pois seriam alvos de uma operação de busca e apreensão e possíveis prisões, coordenadas pelo coronel Jorge Catarino.

“Por não compactuar com vazamentos de informações sigilosas, quebra de segredo de Justiça e cometimento de crimes, pois, no mínimo, e, em tese, o corregedor e o oficial cometeram delitos de quebra de sigilo de informações, comunico à vossa excelência tais fatos para providência mister”, escreveu Taques ao presidente do TJ.

Prisões

Ainda na sexta-feira (23), foram presos por envolvimento direto no monitoramento das escutas clandestinas, o chefe afastado da Casa Militar, Evandro Lesco, e o adjunto Ronelson Barros.

Questionado sobre os motivos que levaram a decidir pelo afastamento das funções dos militares, Taques afirmou não julgar antes do momento.

“Não julgo as pessoas antes do momento, por isso defini pelo afastamento. Quero ver o processo para entender o que está ocorrendo, mas não me cabe discutir decisão judicial. Decisão se cumpre e se recorre”, pontuou o governador.

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Claudio Nunes 27/06/2017

Crime grave Governador é arapongagem, o Sr. está tentando desviar o foco, a questão não é o vazamento e sim as escutas ilegais!!!

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1 comentários

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