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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

14 de Abril de 2017, 12h:40 - A | A

PODERES / PROPINA DA ODEBRECHT

Procurador, ex-secretário de Maggi e ex-procurador receberam R$ 990 mil; veja vídeo

O trio foi pago para colaborar com o pagamento de propina de R$ 12 milhões à campanha de Blairo Maggi, conforme relatos do delator.

DA REDAÇÃO



Os nomes do ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso, Edmilson dos Santos, do procurador do Estado João Virgílio Nascimento Sobrinho e do procurador aposentado Francisco Lima Filho, o “Chico Lima”, foram citados pelo delator da Operação Lava Jato, o diretor da construtora Odebrecht, João Antônio Pacífico Ferreira, que os apontou como beneficiários do esquema de propina à campanha de reeleição de Blairo Maggi ao Governo do Estado em 2006.

De acordo com o delator, os três teriam recebido R$ 330 mil cada para colaborarem  com o esquema de propina à campanha.

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O delator afirma que a propina foi paga como parte de um acordo para que o Estado pagasse uma dívida antiga com a empreiteira de cerca de R$ 35 milhões. Em troca a Odebrecht deveria ‘colaborar’ com 35% do valor, que teria sido destinado à campanha.

Nas tratativas do esquema Edmilson era chamado pelo apelido de “Cofrinho”, João Virgílio de “Careca” e Chico Lima foi apelidado como “Manhoso”.

O diretor de contratos da construtora Odebrecht, Pedro Augusto Carneiro Leão Neto, que também é delator da Lava Jato, era quem mantinha contato com o trio e que informava pessoalmente as senhas ao trio e os locais em que deveriam sacar o dinheiro da propina.

Segundo ele, essas informações eram repassadas no gabinete da Secretaria de Fazenda, ou em hotéis de luxo, em que Pedro costumava se hospedar em Cuiabá como: Paiaguás Palace, Deville e Taiamã.

STF

Esta delação contribuiu para que o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinasse a abertura de inquérito contra o ministro da Agricultura Blairo Maggi e outros oito ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes das duas Casas. 

O grupo faz parte do total de 108 alvos dos 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht, todos com foro privilegiado no STF. 

Outro lado

Blairo Maggi negou participação no esquema e lamentou ter o nome incluído na lista, sem ter qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo para defesa. "Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado", argumentou ele.

Veja a nota na íntegra:

Lamento que meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo para me defender. Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado. Mesmo assim, gostaria de esclarecer que:

1. Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais.

2. Não tenho ou tive qualquer relação com a empresa ou os seus dirigentes.

3. Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado. 

 

Blairo Maggi

 

Assista aqui a delação

 

 

 

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