CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO
O desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, determinou nesta quarta-feira (26) a transferência do cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Ferreira, preso no Centro de Custódia da Capital, para o presídio de segurança máxima do Estado de Mato Grosso do Sul.
Perri também não descarta as transferências dos coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e Ronelson Barros, presos por envolvimento no esquema de escutas telefônicas clandestinas, chamado “barriga de aluguel”, operado pela PM, que interceptou números de advogados, jornalistas, políticos e empresários, entre os anos de 2014 e 2015.
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O cabo permanecerá no Centro de Custódia até que o presídio de Mato Grosso do Sul verifique a disponibilidade de vaga e autorize a transferência. Ele já tinha sido transferido da sede da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel), onde estava desde o dia 23 de maio, para o CCC, na noite de terça-feira (25).
Gerson é apontado como o responsável pelo pedido dos “grampos” à Justiça, em uma lista de envolvidos em investigação de tráfico internacional de drogas.
O magistrado não quis comentar os motivos do pedido de transferência do PM, porém, denúncia de que o cabo possui regalias na unidade prisional militar pode ter sido um dos argumentos.
Uma das denúncias seria de que o cabo teria saído da prisão para “tomar uma cerveja” na Boate Crystal, em Cuiabá. Além disso, Gerson teria acesso a computador e celular com internet e, no dia 19 de junho, teria enviado um e-mail para um colega, cobrando um suposto débito.
A denúncia motivou uma inspeção em todos os locais onde os PMs estão detidos. Estão presos o ex-comandante-geral da PM, Zaqueu Barbosa, na Escola Superior de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Esfap), e o secretário e adjunto, ambos afastados da Casa Militar, Evandro Lesco, na Academia de Polícia Militar do Costa Verde, em Várzea Grande, e Ronelson Barros, no Bope (Batalhão de Operações Especiais), respectivamente.