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Cuiabá, 12 de Maio de 2024
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22 de Abril de 2019, 19h:45 - A | A

PODERES / PEDIU DINHEIRO

Ministro de Bolsonaro bate-boca com Wilson: Não vai brincar com meu Ministério

Luiz Henrique Mandetta se irritou após o tucano pedir R$ 29 milhões para a Santa Casa sem apresentar um plano de gestão.

RAFAEL DE SOUSA
MARCIO CAMILO



O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta perdeu a paciência com o deputado Wilson Santos (PSDB) durante reunião com as bancadas federal e estadual para discutir uma saída para a crise da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, na noite desta segunda-feira (22), na Assembleia Legislativa.

Descontente com o que ouviu do tucano, Mandetta deixou a sala afirmando que ninguém vai fazer brincadeira com dinheiro do seu ministério.

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O ministro se irritou após Wilson Santos afirmar que precisava de uma solução efetiva do Governo Federal para resolver o problema da folha salarial e para o custeio com a finalidade de normalizar os atendimentos do filantrópico, suspensos desde o dia 11 de março.

Inconformado, Mandetta perguntou qual era o valor do cheque que o deputado queria que o ministério fizesse para a Santa Casa. Ouviu como resposta R$ 9 milhões para pagar salários e R$ 20 milhões para o custeio.

O ministro então rebateu que o valor não resolve a dívida de R$ 118 milhões do hospital e voltou a bater no ponto do plano de intervenção.

“Estamos satisfeitos com o que fizeram? Por quê não pedem o apoio da sociedade? Não pedem para os prefeitos entrarem lá dentro? Por que não pedem para entrar lá uma auditoria da Câmara, uma auditoria federal? Têm 20 dias que esse assunto está batendo na minha porta. Neste hospital tem muito dinheiro federal. Estou pedindo com toda educação para que vocês olhem, vejam e leve para Brasília [um plano]. Eu não tenho problema nenhum em fazer [auditoria] via federal”, afirmou Mandetta.

“Estamos satisfeitos com o que fizeram? Por quê não pedem o apoio da sociedade? Não pedem para os prefeitos entrarem lá dentro? Por que não pedem para entrar lá uma auditoria da Câmara, uma auditoria federal?", indagou o ministro

“Errar ou acertar podemos fazer juntos, mas vamos fazer buscando a verdade. Me dá R$ 9 [milhões], me dá R$ 20 [milhões], depois eu vou ver o que fazer. Não sou o melhor companheiro para esse tipo de política. Peço desculpa para você, se precisar volto aqui quantas vezes quiser”, continuou.

Antes de deixar a sala de reuniões, o ministro falou que esse é o momento de fazer a coisa correta e que não vê problema em aportar recursos, porém, não aceita brincadeira com seu ministério.

“Ou fazemos uma coisa correta, não tenho problema de colocar dinheiro, agora, tem que fazer sério, brincadeira com meu ministério não faz. Vamos fazer uma coisa que a gente tenha orgulho de ter feito”, desabafou.

Um pouco mais cedo, o ministro já havia dito que “aquela fase de me dá um dinheiro aí porque estou aqui” acabou e que primeiro é necessário demonstrar em quê e como o dinheiro público estava sendo gasto.

“Cadê o planejamento? Quem são as pessoas e aonde vamos chegar com o investimento do dinheiro público”, argumentou o ministro.

Está muito difícil o cidadão pagar imposto, muito dura a carga tributária no país e não é por causa do apelo de uma instituição A, B ou C que a gente vai deixar de ter o profundo zelo pelo dinheiro público”, observou Mandetta.

“Se a gente conseguir que a sociedade entenda porque as coisas chegaram nesse ponto, vamos poder ser atores do nosso tempo e enfrentar esse problema. Está muito difícil o cidadão pagar imposto, muito dura a carga tributária no país e não é por causa do apelo de uma instituição A, B ou C que a gente vai deixar de ter o profundo zelo pelo dinheiro público”, observou Mandetta.

Dinheiro para Santa Casa

Em março, fontes do Governo Federal declararam que o ministro estava disposto a destinar até R$ 50 milhões para pagar os salários dos funcionários, entre eles, médicos e enfermeiros da Santa Casa.

Porém, Mandetta deixou claro que para repassar o valor seria necessária uma intervenção no hospital, ou seja, o ministro não acha correto entregar tanto dinheiro público para a atual administração da Santa Casa sem fiscalização rigorosa, já que o déficit, contabilizado em R$ 80 milhões por ano, ocorreu na gestão do ex-presidente Antonio Preza.

A intervenção continua sendo uma escolha da Prefeitura que já adiantou não ter condições de administrar o hospital sem ajuda do Estado e União 

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Destro 24/04/2019

Realmente, no passado tbem não votei, mas trabalhei e queria desse certo durante mais de 14 anos. Não existia e nem existe interesse municipal ou estadual em resolver estes assuntos, vide saúde pública no estado ( gente incapaz, desonesta, mal intencionada). Este deputado aliás já foi várias vezes deputado, prefeito, falastrão, cara de pau e só falatório e autopromoção. O que temos q fzer é tirar este povo q desvia, rouba, resolver e dar assistência aos necessitados (Q aliás faço a minha parte) é TRABALHAR, viver deste e não do infortúnio, doença e situação alheia, este país é maravilhoso. Sorte de nós q nascemos neste país, apesar destas pessoas de má índole. Vamos trabalhar pra tds, ajude.

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luis Pant 23/04/2019

O tal deputado corrupto quer na verdade achar uma fonte para surrupiar dinheiro público. Não se enganem, só que ele achou alguém para colocar ele no devido lugar. Por que não aceitam fazer uma Auditoria Federal ????? aposto que todos , que trabalharam na Santa Casa ( Administração e Direção ) estão com o rabo entre as pernas com medo. A coisa tem que ser levada a sério. Não pode continuar esse desvio de dinheiro público para os bolsos dos deputados e secretários de estado.Esses vagabundos da Assembléia NÃO fazem nada de útil. É mta sujeira. kd os salários do médicos e enfermeiros ( auxiliares e técnicos) ???? quem trabalha de graça?

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Carlos Nunes 23/04/2019

Pois é, dizem que a SAÚDE é direito constitucional de todos os cidadãos...e doença não espera dinheiro aparecer, o cidadão se não for atendimento, tiver atendimento tardio, ou haver falta de vaga em UTI, ou falta de remédios, principalmente aqueles de alto custo, que se o cara não tomar, vai direito pro cemitério...WS tá no seu papel de reivindicar os recursos, e o Ministro, que não é cliente do SUS, diz que a Saúde é brincadeira. O Não vai brincar com meu Ministério foi pesado demais. Vocês é que tão brincando com o povo brasileiro...Cadê o tal do direito constitucional da Saúde? Constituição é aquele livrinho que todo dia é jogado na lata do lixo, quando o cidadão vai num Posto de Saúde ou Pronto Socorro, e não é atendido como precisa...fica jogado num corredor, esperando por providências, igual campo de concentração nazista.

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Luciana 23/04/2019

Se a Santa Casa fosse um shopping center eu apoiaria a bravata do ministro, até porque o hospital chegou a essa situação por conta de corrupção e má gestão. Mas o fato é que pessoas com câncer e doenças renais crônicas estão sem atendimento. Essas pessoas não podem esperar que se faça uma reunião para decidir a pauta da próxima reunião que irá deliberar a possibilidade de um plano de intervenção. Elas precisam de tratamento imediato. Sem falar nos profissionais que trabalharam e não receberam, e suas famílias que estão em dificuldades. É preciso fazer a coisa certa, mas é preciso pensar nesse povo também.

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Nelito 22/04/2019

E fria..nossa esse Wilson e outro tapado. Dar dinheiro p intervenção, depois se gasta tudo e nao tem resultado. Essa instituicao precisa de 3 entes atuando senao nao vai pra frente. E nem somente dar dinheiro federal resolve, dai e um plano de trabalho e de longa dizcussao com todos os envolvidos. Esse Wlson vjaja mesmo.

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Sinistro 22/04/2019

É isso: votaram, agora aguentem. O que foi pedido ao Ministério foi auxílio. O pagamento dos salários foi apurado e é necessidade indiscutível. Tratamento de câncer parado, dialises parada. Apuração se faz com o tempo. Não sou fanático pelo deputado, e acho que só falou o óbvio. Mas esse governo será assim até o final: frase lavradora, grosseria, e não fará absolutamente nada. Acabei de ver isso em nível local. Mas tem quem aplauda. Pobres de nós que nascemos nesse país.

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6 comentários

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