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Cuiabá, 19 de Maio de 2024
19 de Maio de 2024

19 de Outubro de 2018, 17h:43 - A | A

PODERES / PIVÔ DA GRAMPOLÂNDIA

Justiça manda prender cabo da PM que violou tornozeleira para ir à boate

O militar estava proibido de sair de casa pela Justiça, mas violou medidas cautelares ao frequentar uma casa show de Cuiabá.

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO



O juiz substituto da Décima Vara Criminal de Cuiabá, Wladymir Perri, decretou a prisão do cabo da PM Gerson Correa Júnior, na tarde desta sexta-feira (19), réu no processo de grampos no âmbito da Polícia Militar.

A decisão ocorre porque o militar confessou ter desrespeitado medidas cautelares e ido à casa de shows Malcom Pub, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, durante madrugada do dia 30 de agosto deste ano.

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A prisão do cabo foi confirmada ao pelo advogado Neyman Monteiro. No entanto, a defesa do cabo não quis dar mais detalhes. Mas afirmou que vai se inteirar da decisão e tomar as medidas cabíveis.

Gerson é réu confesso no processo que investiga um esquema de grampos no Estado. Ele teria sido o operador das escutas ilegais realizadas contra políticos, jornalistas e advogados, de 2014 a 2017.

A Justiça acatou um parecer do Ministério Público do Estado que pediu a prisão do militar pela violação das cautelares.

Sobre a ida ao Malcon Pub, Gerson argumentou que o motivo seria apenas para que pudesse levar sua mulher de volta para casa, pois, os dois teriam se desentendido durante uma discussão de casa. Na petição, o cabo ainda pediu para não ser preso novamente.

O MPE não aceitou os argumentos. O promotor de Justiça Allan Sidney do Ó Souza, autor do requerimento, considerou a violação da cautelar “absolutamente grave”.

Em seu parecer – protocolado no último dia 17 – destacou que o cabo, em outras oportunidades, já apresentou versões diferentes sobre a sua ida à casa de shows, “sendo capaz de forjar novas provas e arquitetar uma trama de mentiras, a fim de esquivar-se de eventual responsabilização pelo descumprimento das medidas”.

Para o promotor, ficou claro o descumprimento das medidas cautelares, principalmente, pelo monitoramento eletrônico do Malcom, assim como pela “saída noturna desautorizada e injustificada”. 

Observou ainda que qualquer violação das regras é motivo para uma nova prisão do réu. 

“A concessão de liberdade provisória condicionada ao cumprimento de medidas cautelares diversas da constrição, prevista no artigo 282 e seguintes do Código Penal, tem como corolário óbvio sua revogação em caso de inobservância. Portanto, o descumprimento de quaisquer das medidas cautelares impostas, nos termos da lei vigente, é motivo suficiente para sustentar um novo decreto prisional”, escreveu o MPE.

Atualização (18h14) - A Polícia Militar, por meio da assessoria de imprensa, confirmou que o cabo já foi preso por oficiais da Corregedoria da PM, que cumpriram a ordem judicial no final da tarde desta sexta. Gerson vai cumprir prisão preventiva em uma unidade militar da Capital, porém, o local exato não foi informado.

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