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24 de Outubro de 2017, 11h:49 - A | A

PODERES / CONDENADO

Juíza destaca 'falta de escrúpulos' de Malouf em esquema criminoso

O comentário da juíza Selma Arruda consta na decisão que condenou o empresário Alan Malouf, sócio do Buffet Leila Malouf, a 11 anos de prisão por 23 crimes, como corrupção passiva e participação em organização criminosa.

CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO



A juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Arruda, apontou que o empresário Alan Malouf foi um dos líderes criminosos e não teve qualquer escrúpulo ao participar do esquema de fraudes em licitações da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), revelado na Operação Rêmora.

"Não teve qualquer escrúpulo em participar do esquema criminoso, mesmo sendo pessoa que leva vida abastada e não necessita disto para sobreviver”, afirmou Selma Arruda.

O comentário da magistrada consta na decisão que condenou o empresário, sócio do Buffet Leila Malouf, a 11 anos de prisão por 23 crimes, como corrupção passiva e participação em organização criminosa.

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Ela pontuou que Alan Malouf praticou os crimes por ganância, visando se beneficiar de dinheiro público, mesmo tendo vida abastada, sem necessidade dos recursos desviados para sobreviver.

Alan Ayoub Malouf é primário e até o momento em que praticou esses delitos ostentava ficha criminal intacta. Praticou os crimes por ganância e segundo ele próprio, agiu premeditadamente, vez que diz ter contribuído para a campanha eleitoral, visando locupletar-se posteriormente mediante a prática de crime contra a Administração Pública. Não teve qualquer escrúpulo em participar do esquema criminoso, mesmo sendo pessoa que leva vida abastada e não necessita disto para sobreviver”, afirmou Selma.

O empresário foi preso na terceira fase da Operação Rêmora, denominada Grão Vizir, em dezembro de 2016, sendo solto uma semana depois. A Grão Vizir apura desvio dinheiro público por contratos fraudulentos de obras de reformas e construções de escolas.

Malouf confessou ter doado R$ 10 milhões para a campanha do governador Pedro Taques (PSDB), em 2014, e tentado recuperar os valores por meio do esquema. Ele ainda apontou o primo, deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), como um dos beneficiários do esquema. Taques e Maluf negam qualquer envolvimento.

Foi um dos líderes do esquema criminoso e demonstrou sagacidade, ao permanecer oculto e obscuro inclusive em face de outros membros da organização criminosa. Todavia, durante o interrogatório foi colaborativo e mostrou-se de certa forma arrependido. Auxiliou na descoberta da verdade, quando apontou para outros comparsas. A nocividade da ação do réu foi além dos fatos por ele praticados, já que escolheu como alvo a Secretaria de Educação, uma das mais importantes áreas de funcionamento estatal”, escreveu Selma, na ação.

Em relação ao outro réu no esquema, o engenheiro da Seduc Edézio Ferreira, a juíza declarou que ele atuou como “testa de ferro” do empresário Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora e delator do esquema. Edézio foi condenado a três anos de prisão.

Edézio Ferreira Da Silva é primário e até o momento em que praticou esse delito ostentava ficha criminal intacta. Praticou o crime por ganância, inclusive Giovani declarou que o mesmo ofereceu-se para trabalhar consigo e ofertou inclusive a empresa da qual é titular para envolvê-la na trama criminosa, foi verdadeiro ‘testa de ferro’ de Giovani”, sentenciou Selma.

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Paulo 24/10/2017

“Ele ainda apontou o primo, deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), como um dos beneficiários do esquema”. E agora, o que acontece com se outro? Isso não vem ao caso...

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1 comentários

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