RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
A decisão da Justiça Federal em Mato Grosso que bloqueou cerca de R$ 4 milhões em bens do ex-governador de Mato Grosso e atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PR), e de outras oito pessoas, foi destaque no "Jornal Nacional", da TV Globo, na noite quarta-feira (11).
A reportagem, feita pela afiliada da Globo, a TV Centro América, mostrou o que a imprensa local já havia divulgado na terça-feira (10).
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A decisão de segunda-feira (9), proferida pelo juiz Luís Aparecido Bortolussi, também afastou o conselheiro Sérgio Ricardo de Almeida, do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A suspeita é de que eles tenham “comprado” a vaga deixada por Alencar Soares, em 2010, quando Maggi ainda era o governador e responsável pela nomeação.
O JN citou também que o MPE levantou que a suposta venda de vaga no TCE ocorreu após depoimentos do empresário Júnior Mendonça, em delação premiada, e do ex-secretário de Fazenda do Governo Silval Barbosa (PMDB), Éder Moraes.
Mendonça contou que o suposto esquema teria começado em 2008, época em que Sérgio Ricardo era deputado estadual e presidia a Assembleia Legislativa.
O documento revelou que Sérgio teria contado com o apoio do então deputado José Riva, que, com Júnior Mendonça, teria levantado recursos no BicBanco (atual Banco Chinês para a Reconstrução) que garantiu a compra da vaga de Alencar Soares.
Na delação, Júnior Mendonça afirmou que, em 2009, o então governador Blairo Maggi (PR) obteve dele, por meio de Éder Moraes, R$ 4 milhões para pagar Soares.
Outro lado
Ao Jornal Nacional, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que, no ano passado, todas as acusações que pesavam contra ele relativas à Operação Ararath foram arquivadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O ministro destacou que “não havia nos autos indícios suficientes de crimes praticados pelo senador Blairo Maggi”, de acordo com parecer ministerial.
Blairo Maggi disse ter se surpreendido com a decisão do juiz da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, que recebeu denúncia da operação já arquivada e sem elementos novos.
Para o ministro, “o juiz veio na contramão do entendimento do procurador-geral da República, a quem coube apurar com rigor as denúncias que geraram o presente feito”.
Maggi disse ainda que está com “a consciência tranquila” e pronto para prestar esclarecimentos à Justiça.
Ele adiantou que vai recorrer da decisão por considerá-la injusta, mesmo que em caráter liminar (provisório).
Clique AQUI e veja a reportagem do Jornal Nacional.