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Cuiabá, 05 de Maio de 2024
05 de Maio de 2024

24 de Agosto de 2021, 11h:50 - A | A

PODERES / INVESTIGAÇÕES CONTRA EMANUEL

"Interferência na Deccor é concreta", diz Striguetta em depoimento à Corregedoria

O delegado da Polícia Civil prestou depoimento como testemunha na Corregedoria na manhã desta terça-feira (24), em Cuiabá.

DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO



O delegado Flávio Stringueta afirmou, na manhã desta terça-feira (24), que pode ter ocorrido interferência política na Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para 'forçar' uma investigações contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

Stringueta prestou depoimento como testemunha na Corregedoria da Polícia Civil, que apura a denúncia feita pelo prefeito. Segundo o delegado, o cargo de delegado -geral, atualmente ocupado por Dermeval Arvecha de Resende, é do governador de Mato Grosso.

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"A interferência política nos meios policiais existe. O cargo do delegado-geral é do governador. Ele não tem obrigação de manter o delegado no cargo pelo decurso dos dois anos, o mandato que a gente tem na lei. E se o delegado geral quiser ficar no cargo ele tem que atender a pedidos do governador, uma ordem. Então o que eu disse foi nesse sentido. Que a possibilidade de ter ocorrido interferência política nesse caso (da Deccor) é bem concreta", declarou.

Stringueta foi afastado da titularidade da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) depois de tecer críticas aos membros do Ministério Público do Estado. Diante disso, ele alega que também foi uma "vítima" da interferência na polícia.

“Depois do que aconteceu comigo, acredito em qualquer coisa, nesse sentido de influência política”, completou.

Além de Stringueta, a Corregedoria intimou os delegados Anderson Clayton da Cruz e Veiga e Lindomar Aparecido Tófoli. Eles devem ser ouvidos ainda nesta semana, também na condição de testemunhas.

O delegado confirmou também, que atenderá o convite da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa (ALMT) para falar sobre a denúncia.

"Eu acho que é um respeito a nossa casa de leis, um convite e se fosse até algo informal eu iria. Os deputados merecem todo nosso respeito e apoio", finalizou.

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A denúncia

O prefeito Emanuel Pinheiro protocolou ofício na Corregedoria Geral da Polícia Civil em junho, pedindo investigação contra o delegado Eduardo Botelho, que segundo o documento, é responsável por duas investigações na Deccor e alega perseguição política.

Segundo Emanuel, o delegado é amigo do governador Mauro Mendes (DEM), adversário político dele.

No ofício, o prefeito diz que o delegado foi nomeado para comandar a Deccor, criada em dezembro de 2019, no atual governo, acumulando os cargos de titular da Deccor e coordenador de Inteligência Tecnológica da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, o que seria ilegal.

Emanuel afirma ainda que o governador fez remanejamentos na Polícia Civil e retirou delegados de funções estratégicas de direção e citou o caso de Lindomar Tófoli, que, em 2019, foi tirado do comando da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) e retornou após entrar com um pedido na Justiça e obter decisão favorável.

Na época, por meio de nota, o governador disse que aguarda análise da Corregedoria Geral da Polícia Civil "o mais breve possível, com a independência que sempre pautou as ações da instituição".

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BOTELHO PINTO 24/08/2021

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