facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

18 de Agosto de 2017, 17h:15 - A | A

PODERES / ASSALTO AOS COFRES

Filho e ex-assessor de Silval têm delações homologadas no STF e implicam 'tubarões'

As confissões foram feitas à Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologadas no mesmo dia que a do ex-governador Silval Barbosa, em 9 de agosto. Porém, assim como a de Silval, estão em segredo de justiça.

DA REDAÇÃO



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, homologou delações do filho e do ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Rodrigo Barbosa e Silvio Corrêa, respectivamente.

As confissões foram feitas à Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologadas no mesmo dia que a de Silval, em 9 de agosto. Porém, assim como a do ex-governador, estão em segredo de justiça.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Todos são réus na Operação Sodoma, que, em suas cinco fases, investiga esquemas comandados por Silval, através da cobrança de propina para que empresários tivessem a manutenção de incentivos fiscais e contratos com o Estado, desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações.

Ao confessar os crimes de corrupção que cometeu durante sua gestão, para a juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, o ex-governador contou que parte das propinas pagas por empresários em troca de benefícios do Estado eram repassadas a Rodrigo.

Meu filho recebia. Ele não conversou com ninguém dentro do Governo, apenas com Pedro Elias [ex-secretário-adjunto de Administração do Estado]. Ele me fala que recebeu R$ 400 mil”, apontou Silval em sua confissão.

Segundo o ex-governador, Pedro Elias tinha a função de arrecadar propina de empresas que mantinham contratos com o Governo, sendo que, em alguns casos, repassou tais valores para seu filho Rodrigo Barbosa.

Já Silvio Corrêa era o braço-direito de Silval e acatava ordens sem questionar. Ele ainda é apontado como “fiscal” da propina paga ao grupo criminoso, chegando inclusive a fazer cobranças, pagar e receber propina, por ordem do ex-governador.

Parte da delação de Silval Barbosa aponta para o envolvimento de autoridades com prerrogativa de foro privilegiado. Como o caso do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), acusado de pagar R$ 6 milhões, junto com o ex-governador, para que o ex-secretário da Casa Civil, Eder Moraes, voltasse atrás em seu depoimento e os inocentasse das acusações no âmbito da Operação Ararath. As informações foram divulgadas pelo Jornal Nacional, da rede Globo.

Silval também delatou que o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) recebeu R$ 4 milhões para apoiar uma candidatura à Prefeitura de Cuiabá, em 2012. O senador Wellington Fagundes (PR) também foi citado por Silval como beneficiário de propinas de construtoras, a título de doações de campanha.

Comente esta notícia