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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024

22 de Agosto de 2019, 14h:45 - A | A

PODERES / ATRAPALHOU INVESTIGAÇÃO

Ex-prefeito de MT foi preso pela Polícia Federal porque destruiu provas

Delegado Carlos Henrique Cotta afirmou que Gaspar Lazzari atuou para destruir provas e desfazer testemunhos.

KAROLLEN NADESKA
DA REDAÇÃO



O delegado da Polícia Federal Carlos Henrique Cotta D'Ângelo revelou que o prefeito de Confresa (1.067 km de Cuiabá), Gaspar Lazzari (PSD) foi preso, na manhã desta quinta-feira (22), porque teria atuado para destruir provas que pudessem indicar um segundo esquema de corrupção, por meio de convênios com a Prefeitura Municipal.

Conforme as investigações, o ex-gestor teria agido em conluio com o então deputado na época, Valtenir Pereira (MDB), e o prefeito de Serra Nova Dourada (1.023 km distante de Cuiabá) para desviar R$ 600 mil de contratos para construção de pontes.

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De acordo com as investigações da Polícia Federal, as fraudes foram descobertas após perícia realizada em uma série de documentos apreendidos durante a primeira fase da Operação Tapiraguaia, deflagrada em 30 de janeiro deste ano. Nesta, a PF coletou provas e tinha por objetivo atuar no combate a uma quadrilha que desviava recursos destinados para aquisição de materiais e merenda escolar, construção de unidade hospitalar e projetos de logística.

“Depois da primeira etapa ele [prefeito de Confresa] começou a fazer a correria para sumir com provas e arrumar e desfazer testemunhos. Ele estava na correria para descontruir às provas interferindo nos processos, por isso que ele foi preso”, explicou o delegado.

Na segunda fase da Operação Tapiraguaia, deflagrada nesta manhã, a PF teve como alvo, além do o ex-prefeito Gaspar Lazzari (PSD), o ex-assessor parlamentar Marcelo Luiz Faustino, todos com seus respectivos mandados cumpridos. Valtenir não foi preso na ação, mas teve a residência, em Cuiabá, “vasculhada” pelos agentes federais e documentos e celular apreendido.

Ainda de acordo com o delegado Carlos D'Ângelo, o acordo entre os integrantes da quadrilha criminosa era devolver em parte o dinheiro arrecado por todo grupo gestor.

“Tudo foi liberado e acertado e as empreiteiras não faziam as obras e devolviam para eles as partes acertadas mediante propinas, através de repasses bancários, malas de dinheiro”, finaliza.

A defesa de Gaspar Lazzari ainda não se pronunciou sobre o mandado de prisão contra o ex-prefeito (clique aqui e entenda a operação)

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