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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
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05 de Julho de 2017, 12h:07 - A | A

PODERES / OPERAÇÃO ARARATH

Em delação ao STF, Nadaf devolve R$ 17,5 milhões e implica Maggi e Bezerra

A homologação da colaboração premiada, do ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, foi feita pelo ministro Luiz Fux, no âmbito da Operação Ararath, no dia 10 de março.

CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO



O ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, em sua delação premiada ao Supremo Tribunal Federal (STF) citou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), e o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB). A homologação da colaboração foi feita pelo ministro Luiz Fux, no âmbito da Operação Ararath, no dia 10 de março.

Em documento, que o teve acesso, Fux pontua que Nadaf “se dispôs a colaborar com a instrução processual, confessando delitos por ele cometidos no bojo das atividades da organização criminosa, alvo das investigações, revelando ilícitos que ainda não eram do conhecimento dos órgãos de persecução penal”.

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O ministro ainda revelou que o ex-secretário se dispôs a indenizar o erário público, no valor de R$ 17,5 milhões. Uma conta na Caixa Econômica Federal foi aberta para que o depósito seja feito.

Esclarece, ademais, o Parquet que a competência do Supremo Tribunal Federal para processamento do presente feito está fundada na menção, pelo colaborador, ao nome do senador e atual ministro da Agricultura, Blairo Borges Maggi, bem como do deputado federal Carlos Bezerra”, escreveu Luiz Fux.

Nadaf “se dispôs a colaborar com a instrução processual, confessando delitos por ele cometidos no bojo das atividades da organização criminosa, alvo das investigações, revelando ilícitos que ainda não eram do conhecimento dos órgãos de persecução penal”.

Conforme o documento, Nadaf prestou depoimento à Procuradoria-Geral da República no dia 20 de fevereiro. Porém, não apresentou documentos que comprovassem as denúncias. Dessa forma, o ministro autorizou que a PGR providencie cópias das provas, caso o ex-secretário as apresente.

A homologação da delação de Nadaf foi revelada pela juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, na última segunda-feira (3).

Ele afirmou ter integrado a “cúpula da administração do Estado entre janeiro de 2007 e dezembro de 2014”, nas gestões Blairo Maggi e Silval Barbosa (PMDB). Na primeira, ocupou o cargo de secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia. Já na gestão Silval, alçou ao cargo de secretário-chefe da Casa Civil.

Nadaf é réu nas Operações Sodoma, em suas fases 1, 2 e 3, e em duas fases da Seven, além de ser investigado no inquérito policial da Operação Ararath. O ex-secretário chegou a ser preso em setembro de 2015, pela Sodoma, mas obteve a liberdade em setembro do ano seguinte.

Operação Ararath

Realizada pela Polícia Federal, a investigação apura a realização de pagamentos por parte do Governo de Mato Grosso, em desacordo com as determinações legais, para empreiteiras, além do desvio desses recursos em favor de agentes públicos e empresários através a utilização de instituição financeira clandestina.

A análise de documentos apontaram a utilização de complexas medidas de "engenharia financeira" praticadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dada a valores de precatórios pagos pelo Governo em nítida violação à ordem cronológica e determinações legais.

 

Entre os políticos citados nas fases anteriores da operação e nos vários inquéritos da Operação Ararath estão: o ex-deputado José Riva, o deputado estadual Mauro Savi (PR), o conselheiro afastado do TCE, Sérgio Ricardo (PR), o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes e os ex-conselheiros Alencar Soares e Humberto Bosaipo.

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