MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
O Sindicato dos Agentes de Fiscalização do Município de Cuiabá (SINDASFIMC) enviou uma representação contra o vereador Abílio Júnior (PSC), na última semana, para a Câmara de Vereadores de Cuiabá, na qual aponta quebra de decoro parlamentar, por suposta tentativa de invasão à casa do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), por parte do parlamentar, que teria tentado obrigar fiscais a realizarem uma fiscalização na residência do gestor.
O presidente da Câmara, vereador Misael Galvão (PSB) encaminhou o pedido para que a Comissão de Ética realize o processo de investigação. Abílio Júnior será notificado oficialmente, para que tome ciência do processo e possa apresentar sua defesa dentro de prazo estabelecido.
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Segundo o presidente da Comissão de Ética, vereador Toninho de Souza (PSD), todos os envolvidos serão convocados para que haja a apuração dos fatos.
“Vamos de deflagrar esse processo obedecendo aos prazos legais, daremos o direito de defesa ao vereador Abílio de forma transparente. Temos experiência nesse tipo de investigação e nós vamos esclarecer essa situação", disse o presidente da Comissão Toninho de Souza.
O episódio ocorreu no dia 9 de maio, quando o legislador foi parar na delegacia, após confusão em frente à casa do prefeito, onde alegava fiscalizar o que, segundo ele, seria uma obra irregular e que, segundo funcionário do prefeito, seria invasão de privacidade, pois estaria espionando o local.
Abílio filmava a residência do prefeito e transmitia as imagens ao vivo no Facebook, quando foi abordado pelo motorista da primeira-dama, Márcia Pinheiro, que chamou a polícia e também foi detido após muita confusão.
De acordo com o boletim de ocorrência, os dois tiveram uma discussão no local e o funcionário teria tomado o celular do vereador.
Na ocasião, Abílio foi acusado por ameaça, injúria e violação de domicílio, e o motorista por ameaça e injúria.
Em nota, o SINDASFIMC se pronunciou sobre o caso, na época, afirmando que a obra havia sido vistoriada e acusou o vereador de “sensacionalismo”.
A denúncia detalhou que o vereador tentou obrigar fiscais a entrarem no seu veículo particular, para que ele os levasse para fiscalizar a obra.
“Naturalmente que esses servidores serão convocados para ser ouvidos pela Comissão de Ética”, adiantou Toninho de Souza.
Em maio o delegado que é responsável pelo caso disse que não viu elementos que comprovassem que o parlamentar teria tentando invadir a casa do prefeito e que tenha cometido os crimes de ameaça e injúria.
Essa á primeira representação que chega à Comissão de Ética, mas já houve outras demandas contra Abílio, que não foram levadas adiante. “Os presidentes anteriores, Justino Malheiros e, até Misael Galvão, entenderam que não tinham indícios nem fundamentos e eles, de oficio, acabaram arquivando e não encaminhando para a Comissão”, explicou o presidente da Comissão.
“Vamos deflagrar esse processo obedecendo aos prazos legais, daremos o direito de defesa ao vereador Abílio de forma transparente. Temos experiência nesse tipo de investigação e nós vamos esclarecer essa situação, como nós sempre fizemos na comissão de ética”, relatou Toninho de Souza.
