CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), afirmou nesta quarta-feira (6), que apesar da imagem do Legislativo estar arranhada com a divulgação de vídeos de deputados estaduais recebendo suposta propina na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), irá aguardar fatos concretos para tomar uma posição quanto aos colegas.
Segundo ele, somente após uma denúncia concreta cabe ao presidente do Legislativo decidir pelo arquivamento ou envio da denúncia para a Comissão de Ética. Botelho explicou que a comissão, então apura os fatos e decide se os deputados citados na delação do ex-governador devem ser afastados, ou não. Porém, tudo precisa ser votado em Plenário.
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“Estive analisando e estudando todo o regimento da Casa. O regimento é nossa Bíblia e temos que seguir à risca. Não temos nada de concreto, pois foi na legislatura passada. Então cabe a nós, aguardar e não vou mais ficar falando sobre esse assunto”, disse o presidente da Assembleia.
“Estive analisando e estudando todo o regimento da Casa. O regimento é nossa Bíblia e temos que seguir à risca. Não temos nada de concreto, pois foi na legislatura passada. Então cabe a nós, aguardar e não vou mais ficar falando sobre esse assunto”, disse o presidente da Assembleia.
Botelho, no entanto, admite que a acusação ter parlamentares recebendo “mensalinho” prejudica a imagem do Legislativo.
“Evidente que o Poder Legislativo e a política, em geral, vêm sofrendo uma degradação, por conta dessas corrupções gritantes que vem acontecendo no país e que precisava colocar um basta. A imagem está um pouco arranhada, mas não existe democracia sem o Legislativo. Temos que fortalecer e depurar, essa é a missão das pessoas que gostam da democracia”, afirmou.
Ele ainda declarou que na atual legislatura nunca existiu a prática de “mensalinho”. “Estou na Assembleia desde 1º de fevereiro de 2015 e nunca ouvi falar em ‘mensalinho’ aqui dentro. Nesta legislatura nunca existiu”.
As imagens de parlamentares flagrados em vídeo recebendo dinheiro foram feitas pelo ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Corrêa. Os deputados aparecem enchendo bolsas, malas, caixas e os bolsos de dinheiro. Segundo Silval, os parlamentares chegaram a receber R$ 600 mil para apoiar os projetos do Executivo.
Pelo menos, 15 deputados da atual legislatura foram citados na delação do ex-governador.
Botelho pontuou que os colegas devem “levantar a cabeça” e manter os trabalhos na Casa. A Assembleia deve votar nos próximos meses a PEC do Teto de gastos, as reformas administrativa e tributária e a Lei Orçamentária Anual. Todos de origem do Executivo.
“Estou conclamando os deputados para que venham trabalhar, pois temos diversos projetos para discutir. Todos devem levantar a cabeça e trabalhar, para tocar os projetos com serenidade e competência”, concluiu o presidente do Legislativo.
