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Cuiabá, 08 de Maio de 2024
08 de Maio de 2024

26 de Outubro de 2012, 10h:10 - A | A

OPINIÃO / LOUREMBERG ALVES

Um balanço necessário

Mauro usa Lula para tentar desconstruir Lúdio, mas não é convincente

LOUREMBERG ALVES



 

O segundo turno das eleições em Cuiabá caminha para o seu final. Finaliza. Mas tem-se a impressão que ele sequer começou. Isso é grave. 


Bem mais quando se avalia o nível das candidaturas, incluíndo as que ficaram na primeira fase da disputa. Muitíssimo abaixo do necessário e da necessidade. Pior ainda é saber que inexiste, nos partidos, um nome à altura do cargo de prefeito da cidade. 


Situação reveladora. Revela não só o despreparo das agremiações. Mas também a incompetência dos próprios políticos, em especial dos coronéis ou “manda-chuvas” dos partidos. Estes, inclusive, são todos personalizados, assim como igualmente é o próprio jogo eleitoral. 


A ponto, por exemplo, de não se identificar, no vídeo do horário político, as letras que compõem a sigla partidária. Pois os personagens são candidatos deles mesmos, e dos grupos que os apóiam. 


Explica-se, então, toda a discussão em torno dos apoiadores ou sobre quem está do lado de quem, até para atrair o voto do eleitor que “não topa determinadas figuras públicas”. Fulaniza-se, inclusive nisso. 


Mais e mais quando se buscam lideranças nacionais, as quais nada sabem sobre o lugar e os seus moradores. 


Porém, as ditas figuras aparecem com um discurso moralizador – ainda que eles próprios não sejam - e, o que é pior, querem empurrar goela abaixo do eleitorado o nome que estão a defender, sempre ovacionadas por uma platéia que recebe cachê para estar ali.


Cenas, depois de editadas, servem para “vender” a imagem de uma candidatura “fortalecida”, “robusta” e em “franco crescimento”, pois “caiu”, definitivamente, no gosto popular. Ainda que não trouxesse proposta alguma. 


Daí a falta da esgrima, do debate sobre as possíveis soluções aos problemas enfrentados pela população cuiabana. 


Isso explica porque um “simples beijo”, seguido por uma ironia fora do tom, embora inofensiva, registrados longe dos olhares do eleitor, transformaram-se na maior peça de propaganda do petista; enquanto o socialista teima em repetir a imagem e a fala do ex-presidente Lula, com o fim de desconstruir o discurso do alinhamento, mesmo sem ser convincente no dito pleito. 


Ainda que acompanhado por crianças e disser estimulado “pela vontade de trabalhar”, com o fim de se fazer passar por “bom moço”, tal como faz o petista todo o tempo. Agora, mais do que no primeiro turno, depois das versões sobre certo beijo. 


Percebe que a campanha se desenrola no cenário do espetáculo. Nesse sentido, o palanque eletrônico se transformou em um grande palco, onde os candidatos se mostram à vontade com os personagens que estão a representar. 


Desfilam, então, sob um ritmo totalmente diferente do que a população se vê obrigada a dançar, até mesmo em razão do quadro caótico do trânsito, saúde, educação, segurança e da falta de disciplinamento da cidade. 


Quadro complicado. Bem mais quando se leva em consideração o despreparo do socialista e do petista. 


Entende-se, agora, o porquê eles não apresentaram um plano, um programa ou projeto. Não os possuem, assim como também não devem contar com assessores de fato. 


Do mesmo que igualmente não tinham, nem contavam os candidatos que foram derrotados no primeiro turno. Isso não serve de consolo. 


Tampouco deveria servir o fato de saber que partido algum tem um nome com credenciais o bastante para exercer o cargo de prefeito da Capital. 


LOUREMBERGUE ALVES é professor universitário e articulista político em Cuiabá.

[email protected].

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