facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

13 de Março de 2013, 08h:37 - A | A

OPINIÃO / EDUARDO PÓVOAS

Terra dos deuses

Infelizmente, vale sempre a "máxima" de que a Polícia prende, a Justiça solta

EDUARDO PÓVOAS



Terra visionaria de Dom Bosco cheia de espiritualidade, com enormes possibilidades de se criar novas religiões, localizada no planalto central, acampa menos de seiscentos cidadãos, a nata do país, que decide o que quase duzentos milhões de brasileiros tem que fazer. 


Os mortais que habitam o resto do território nacional tem a obrigação de dobrar seus joelhos, obedecer cegamente às decisões emanadas da terra prometida, mesmo que por anos e anos a fio algumas venham dando errado.


Muitos dos autores dessas decisões foram levados a essa terra Divina com passaportes equivalentes a uma dentadura, um par de chinelos, dez ou vinte telhas e talvez por lamentações de acontecimentos da vida profana.


Lá se tornaram senhores intocáveis que tem uma ajuda financeira sonhada por 100% da população brasileira. Eu disse sonhada, nunca, jamais, atingida.


É lá da terra dos Deuses que a população brasileira sofrida, endividada, que procura de toda maneira segurança para sua família, recebe a notícia de que os irmãos Cravinhos já têm direito à liberdade cumprindo pena em regime semiaberto (pode?) devido à lei votada e aprovada pelos Deuses do planalto central.


Estão no cemitério os restos mortais de um casal massacrados por eles, que trabalhou a vida toda para ter uma velhice tranquila e esses dois vagabundos por força da lei vigente, soltos.


É de lá que vem a noticia de que a liberalização da “marijuana”, ou melhor, da maconha, em nada afetara nossa juventude. Cogita-se isso.


Soa como uma flechada no coração de um pai ou de uma mãe que teve um membro de sua família abatido por um bandidinho “de menor”, acobertado por um manto que o isola de qualquer punição, ao saber que esse canalha está rigorosamente amparado pelas leis elaboradas pelos Deuses do planalto central.


Através de leis amedrontam e pressionam o pai de família que tem uma arma para sua defesa, a entrega-la como se fosse ele o assaltante de nossas ruas, enquanto o verdadeiro assaltante ao ser preso abre um sorriso largo e gostoso em frente às câmeras das tevês debochando daqueles que “ralam” para sustentar sua família, pois sabem que não passarão muito tempo na cela. As leis estão “dominadas” segundo eles.


Não adianta, não nos escutam. Depois do voto nós deixamos de ser importante para eles.


E ai, o que nos resta esperar se mandamos ao planalto central nossos “Deuses” e que hoje se fazem de rogados aos nossos clamores? Acham que tudo vai bem, pois não precisam de seguranças, não tem prestação de escola para pagar, viajam só de ônibus, e andam “pendurados em bancos”. Parece verdade! “Tao” cag...pra nós!


Vamos continuar concordando com o ditado que diz: ”a policia prende e a justiça solta”, ou vamos mostrar a esses Deuses que a reforma total do Código Penal urge? Precisamos nos movimentar e mostrar a eles nossa indignação. Ah se tivéssemos 50% de sangue árabe nas veias, nossas ruas já teriam virado trincheiras.


Na próxima eleição, siga esta máxima: “a amizade não é uma relação com alguém a quem conheces por muito tempo, mas com alguém que você confia, em quaisquer circunstancia”. 


Serão nossos “Deuses” confiáveis?


EDUARDO PÓVOAS é dentista em Cuiabá, pós-graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

>>> Siga a gente no Twitter e fique bem informado

Comente esta notícia