Silval ... Eu acredito em Papai Noel

EVANDRO CARLOS

De acordo com o dicionário, governar significa dirigir, conduzir, fazer bons interesses, regular-se, portanto ser governador significa aquele que tem o direito de governar.

Estamos na semana do Natal, e tradicionalmente esperamos que o Papai Noel, personagem desta data, nos traga muitas coisas boas, até mesmo porque o ano esta acabando.

Falando em Papai Noel, perguntei para as pessoas que convivem comigo, o que elas quando criança pensavam sobre o Natal, e o resultado foi surpreendente, “Todos esperavam coisas novas, mudanças claras, tudo para melhor”.

Ao final os anos 70 até meados da década de 80, brasileiros de todos os estados, principalmente garimpeiros do Nordeste, e colonos do Sul e de Goiás, vieram para Mato Grosso com a esperança de dias melhores.

Entre estes sonhadores, veio também Silval Barbosa, um conterrâneo meu, que participou de maneira efetiva no processo de colonização de cidades, entre elas, Matupá e Guarantã do Norte.

Na década de 90, Silval virou prefeito da pequena cidade de Matupá, e depois deputado estadual, vice-governador e agora Governador.

Seria aqui mais fácil para mim, criticar o governador, por uma série de problemas, vivenciados pelos mato-grossenses, que vão, desde falhas na saúde publica até o caso Suiá Missu.

Com seu jeito calmo, sereno e tranquilo, Barbosa tem sido massacrado por setores de nosso estado e por parte da mídia, que o acusam de não tomar posição, contra aliados e subordinados.

Entendo, porém que Silval poderia fazer mais, mas alguns fatores precisam ser esclarecidos, e o governador não pode ficar pagando a conta sozinho, pois a meu ver, dois grande entraves o atrapalharam.

Em primeiro lugar por onde sei, Silval foi candidato numa aliança que antes de tudo, visava eleger Dilma Presidente, dando continuidade ao projeto nacional petista.

Uma aliança que precisava quebrar o paradigma das urnas contra os ex-governadores, e fazer Blairo Maggi, Senador da República. Que também precisava mostrar a força municipalista de José Riva, e ainda o renascimento do velho PMDB de Carlos Bezerra.

Realmente a mídia e setores tem razão em parte, quando pregam que seu governo é divido em facções, alguns chegando a ser irônicos quando propagam que, Silval manda e grande parte dos seus secretários finge que obedece, de certa forma isto é verdadeiro.

Porém, é bom que se saliente que existe um “grande arco de alianças partidárias”, e que cada partido tem seus lideres, e assim cada líder controla suas ações, e isto tem sido um dos entraves do governo Silval.

Em segundo lugar, Mato Grosso teve contra si algumas intempéries que atrapalharam sua economia, o governo Silval Barbosa sofreu com a queda de arrecadação, muitos não entendem, mas sem dinheiro de impostos o governo nada pode fazer.

Somos um estado agrícola, e as crises Européia e Asiática, influenciaram diretamente na queda da receita do estado, além da redução dos índices do IPI, que fez cair a arrecadação do governo federal e também os repasses para o estado.

A redução do CIDE, o imposto sobre os combustíveis, fez com que Mato Grosso deixa-se de receber em 2012, em torno de 170 milhões de reais.

Sei que Silval Barbosa, conhece o lado de ser pequeno e ser grande, desde que iniciou sua carreira política em Matupá, e hoje governando o maior produtor de grãos do país, com uma pecuária exuberante, riquíssimo em minérios, paisagens naturais e sede da Copa de 2014.

Por isso, ao conhecer os dois lados, tanto o pequeno, como o grande, esperamos mais de Silval e sabemos que ele pode, e deve fazer mais.

Afinal, seja em Renascença no Paraná, em Amargosa na Bahia, ou aqui em Mato Grosso, lá nas aldeias do Xingu, nos assentamentos de Santa Terezinha, nas boiadas em Barão de Melgaço, nas matas de Colniza, nos campos de lavoura de Sapezal, ou nos bairros de Cuiabá, o Natal é sempre um tempo de esperança, para o novo ano que se inicia.

Então meu querido Papai Noel, queria que você trouxesse mais esperança e confiança ao nosso povo, para que Silval Barbosa possa fazer mais por Mato Grosso, e assim podermos em 2013, ter mais saúde, mais produção, mais empregos, mais educação, e muito mais...

Ah!...Papai Noel, eu ia me esquecendo de pedir...Também menos sacanagem e puxação de tapete.

EVANDRO CARLOS é jornalista e mora em Mato Grosso desde 1986.