facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 12 de Maio de 2024
12 de Maio de 2024

20 de Março de 2020, 07h:22 - A | A

OPINIÃO / JOSÉ DE PAIVA NETTO

Racismo — cancro social

Não é de hoje que levanto minha voz contra esse cancro da sociedade



Em 20 de março, no hemisfério sul, onde o Brasil está localizado, tem início o outono. A estação lembra os tempos de maturidade, espírito do qual devemos nos revestir para lidar com os desafios diários.
 
Um deles — sem dúvida uma tarefa para todos os brasileiros, sejam brancos, negros ou mestiços — é o combate ao racismo em todas as suas torpezas.
 
Não é de hoje que levanto minha voz contra esse cancro da sociedade, inclusive porque, como a maioria dos brasileiros, tenho sangue negro.
 
Desde a década de 1980, a imprensa do Brasil e do exterior vem publicando vários de meus artigos, em que exalto o valor da raça negra, a exemplo de “Apartheid lá e Apartheids cá”, “Racismo é obscenidade”, “A miscigenação do mundo é inevitável” e tantos outros.
 
É muito sugestivo, portanto, que, em 21 de março, alvorecer do outono no país, celebremos o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial.
 
A data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1969, homenageia os 69 sul-africanos assassinados em 1960, durante um confronto com a polícia. Eles protestavam contra a “Lei do passe”, que impedia o direito de ir e vir da população negra.
 
“Massacre de Sharpeville”, assim ficou conhecido esse lamentável episódio em Joanesburgo, na África do Sul, que colocou mais uma mancha de sangue na história da Humanidade.
 
Enquanto houver uma criatura cruelmente discriminada, o currículo humano estará maculado. Perseveremos, pois, no trabalho de congraçar, pelo Ecumenismo dos Corações, as etnias existentes no mundo.
 
José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.

>>> Siga a gente no Twitter e fique bem informado

Comente esta notícia