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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
06 de Maio de 2024

19 de Julho de 2012, 09h:18 - A | A

OPINIÃO / ALFREDO DA MOTA MENEZES

Pragmatismo, críticas e riscos

ALFREDO DA MOTA MENEZES



Em Várzea Grande, Lucimar Campos é a candidata do DEM à Prefeitura. Em cima desta escolha se tem pragmatismo político e também críticas e riscos.


Olhando a escolha pelo lado realista e pragmático, o Jaime e o Júlio são os que têm força política para eleger alguém. Qualquer outra candidatura teria que ter os dois puxando votos. Por que então eles iriam escolher algum outro nome que dependeria 100% deles para ser eleito? No caso, a realidade se sobrepõe e a escolha cai em gente mais de casa.


Escolher outro nome só teria uma vantagem: se fosse derrotado, se poderia dizer que os dois irmãos fizeram o que puderam, mas que o candidato era pesado e perdeu a eleição. Com alguém da família não se pode dizer isso.


O lado da crítica da rua é porque se tem um nome da família Campos outra vez como candidato. Na eleição passada foi Júlio Campos, agora a esposa do Jaime. O morador novo da cidade pode olhar torto para esse domínio político de uma só família.


O bairro Cristo Rei, por exemplo, é muito diferente da Várzea Grande da Couto Magalhães. É uma gente de fora que veio de lugares onde não existe mais isso. Ali tem pouco nordestino, lugar que ainda tem predominância de famílias em política. Os sulistas, maioria no Cristo Rei, não acham isso um caminho adequado.


É preciso dizer ainda que muita gente daquele bairro tem mais ligação com Cuiabá do que com a própria V. Grande. Usam os serviços médicos da Capital até mais do que os dali.


Até acho que, entre outros motivos, a construção da Ponte Sérgio Mota pelo Dante tinha a intenção de puxar aquele bairro e adjacências para cá para enfraquecer politicamente os Campos.


Ilações à parte, a verdade é que é um risco político à candidatura da Lucimar. Se perder, a família tende a ter menos força política naquele município e pode até afetar as intenções políticas do Jaime e do Júlio para 2014.


Se, por outro lado, ganhar fortalece ainda mais o nome dos dois e da família no segundo colégio eleitoral do estado.


Mas, independentemente de quem ganhe a eleição em Várzea Grande, todos sabem que está nascendo uma nova cidade. Com novo aeroporto, VLT, duplicações de avenidas, mais casas, estádios, futura rodoviária, shopping.


E ainda uma nova ponte e também uma via expressa que vai passar atrás do bairro Santa Rosa em Cuiabá. Um fato que está levando empreendimentos imobiliários novos e impactantes para aquela cidade.


Espera-se que quem ganhe não atrapalhe esse caminho. Por exemplo, a legislação para se ter prédios e outros tipos de construção em VG foi aprovada somente neste ano.


Dizem os empreendedores que, nos anos ou décadas anteriores, não iam para lá porque a legislação de uso do solo urbano não dava nenhuma garantia jurídica. E, na brecha, a política se metia.


*Alfredo da Mota Menezes é professor universitário e articulista político.

A redação do RepórterMT não se responsabiliza pelos artigos e conceitos assinados, aos quais representam a opinião pessoal do autor.

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