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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

12 de Março de 2013, 09h:53 - A | A

OPINIÃO / WILSON CARLOS FUÁ

Os quebradores de paradigmas

E para quebrar um paradigma, é preciso mudar a rotina cultural de uma sociedade

WILSON CARLOS FUÁ



 

Virou modismo, nos meios políticos falar com imponência, “vou quebrar os paradigmas”, como se palavras tivessem poderes mágicos, ou como se quem as pronunciasse fosse o inventor de novos tempos. A palavra paradigma significa a cultura geral vigente de um povo, ou seja, um conjunto de pessoas que vivem e veem fatos, fenômenos e crenças.  E para quebrar um paradigma, é preciso mudar a rotina cultural de uma sociedade, ou fazer com que este conjunto geral de pessoas acredite  em novos fenômenos, ou  mudança de crenças.

Em política, quando um postulante a governar um município ou um estado, diz que irá “quebrar paradigmas”, em outras palavras está dizendo que transformará o modo de governar. Veja que em Mato Grosso a elite política que governava o estado foi substituída por uma elite empresarial do agronegócio.  E por oito anos o estado passou a ser governado pela elite empresarial, findado esse período o Comando do Poder Executivo voltou às mãos de um novo grupo essencialmente político. Como se vê findou-se um paradigma na política, iniciando outro.

Como se vê, não houve quebra de paradigma diretamente para o povo, pois não houve uma transformação com a mudança do poder. Não houve uma mudança da rotina cultural da sociedade mato-grossense. O comportamento de atos e fatos exercido pelo governo/empresário não fez com que o conjunto de pessoas do estado de Mato Grosso, pudesse viver diferente, os fenômenos novos se transformaram em somas de erros e desmandos administrativos, gerando escândalos, que não modificaram os fatos e também não foram assimilados, porque o povo tornou a eleger um governador do círculo político com apoio dos políticos e dos empresários.

Será que tudo mudou?  Será que aparecerá um líder com capacidade de criar e renovar?  Os nomes já estão por aí, mas o que se espera nas eleições 2014, é que o governador eleito, saiba escolher os seus comandados, e que o estado não seja envergonhado por sucessivos escândalos como: Desvios na Conta Única, Compra de Maquinários, Carta de Créditos e Operação da PF e MPF na Sema, etc..  Pois, a falta de idoneidade do comando, torna os comandados pervertidos, a falta de honestidade daquele que deve dar exemplo, faz com que parte do conjunto da máquina administrativa seja contaminada pela falta de dignidade dos superiores. 

Que o governador eleito em 2014, antes de dizer que será um  quebrado o paradigmas, o que se esperava é a implantação de novos procedimentos, com a permanente verificação e reavaliação de escala de valores, obedecendo aos limites da Lei, buscando alcançar a satisfação do povo como um todo e não ter visão caolha, se dispondo a administrar por segmentos. Que o Governador eleito em 2014, tenha o poder de atualizar permanentemente a sua consciência pessoal como um verdadeiro líder, para só assim, ter o propósito de Quebrador de Paradigma, pois  não custa nada ao líder fazer o simples, ou seja, obedecer aos bons princípios da ética e da moral, do respeito aos direitos dos outros.

Quantos homens tiveram em suas mãos as melhores condições de promover uma vida mais digna para o povo, implantando a isonomia ao conjunto da sociedade, mas ao assumir o poder só pensam em arrebanhar para si e seu grupo, esquecendo que ao serem eleitos estarão no comando de um poder para aumentar a satisfação de toda a sociedade, sendo apenas administrador do dinheiro público, e devem sim, também diminuir a miséria social e não só governar para alguns segmentos.

Ao assumir o poder, o falso líder se vê no auge da sua popularidade, explode de orgulho e modifica o padrão das suas reações, e passa a olhar o mundo de cabeça para baixo, e se coloca inconscientemente, acima dos seus pares, pensando que tudo pode.

Pessoas carentes de tudo agonizam no teatro da vida, pois para os políticos esses doentes são apenas números de estatística. Fecham os olhos, para as macas que se enfileiram nos corredores dos Pronto Socorros, como se as dores desses doentes fossem apenas ecos surdos. Não enxergam os que estão pelas calçadas e nas praças públicas infestadas de miseráveis dependentes químicos que foram excluídos das próprias famílias  e  da sociedade.  Isso sim são fatos novos e com novos fenômenos.

Já pelo lado da crença o se vê, são as igrejas se engalfinham entre si para arrecadar mais e mais, quanto mais conquistam bens materiais, mais querem acumulá-los, mas esqueceram do digno papel de uma organização  na difusão  do pensamento cristão. Esquecem que a razão da existência das igrejas é para explicar aos devotos, o verdadeiro valor da palavra de Jesus Cristo, porque Ele é o filho de Deus, porque só Ele tem a natureza divina, porque só Ele tinha o poder de antecipar os fatos, prevendo a traição de Judas e a negação de Pedro; expulsou dos templos os charlatãs, pois só Ele tinha os poderes sobrenaturais de curar e de multiplicar os pães e os peixes para saciar a fome de milhares de pessoas.

Por isso o papel de escolha de um líder a ser seguido,  é muito difícil nos dias de hoje, pois estão por aí pessoas transvestidas de políticos ou pessoas nominadas de líderes religiosas que tem o dom de mentir.

Desconfie até da sua sombra, pois você pode tropeçar nela e cair. Desconfie sempre, até encontrar, um líder que tenha a compostura e que demande em suas ações os seguintes princípios: o amor ao próximo, que saiba transformar seu tempo em grandes momentos para todos; que a sua sabedoria esteja a serviço do povo; que em sua misericórdia tenha  dó dos que sofrem; que a sua dedicação seja exclusiva para a comunidade o elegeu, e enfim que tenha a sua compreensão dedicada principalmente a aqueles estão sem rumo na vida e carentes de tudo.

O grande erro dos governantes, é pensar que ao repetir seguidamente, dia e noite as propagandas mentirosas dos seus “falsos atos”, estarão alcançando a satisfação do povo, como se o povo fosse apenas um elemento virtual, como se as pessoas fossem escravos do poder repetitivo das mídias, quando na realidade simplesmente, está sendo apenas um mentiroso, tanto para si como para os outros.

 Wilson Carlos Fuá é economista e Especialista em Administração Financeira  e  Recursos Humanos - [email protected]  -    Wilsonfua.blogspot.com   -  @fuacba

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