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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

22 de Abril de 2012, 14h:13 - A | A

OPINIÃO / GABRIEL NOVIS NEVES

Órgãos voadores

GABRIEL NOVIS NEVES



A medicina está totalmente dominada pela mais sofisticada das tecnologias.

São comuns as operações realizadas à distância por robôs e cirurgiões sendo guiados em suas incisões por equipamentos físicos capazes de programar, milimetricamente, a localização de um pequeno tumor no cérebro.

O emprego da videolaparoscopia marcou a divisão de conduta técnica entre os antigos e novos cirurgiões.

Isso não significa que alguns antigos cirurgiões não tenham optado pelos melhores resultados das cirurgias com uso da mais moderna tecnologia.

Infelizmente, essa medicina Daslu, não é de uso universal para o sacrificado brasileiro, que tem como apoio o SUS e planos de saúde que não permitem esses benefícios da modernidade científica.

O cérebro humano não tem limites.

Assim como hoje são banais os transplantes de órgãos, teremos o dia em que certos órgãos voarão, atendendo e aliviando milhares de pessoas que sofrem com a distância.

Chegará o momento de utilizar esse avanço tecnológico da medicina na lua de mel à distância. E até na reprodução fisiológica de cônjugues que estejam separados pelas vicissitudes da vida moderna - onde o casal tem que trabalhar e viajar para locais diferentes. Desde, é claro, que os cientistas descubram a possibilidade dos órgãos voarem.

Deve ser interessante a chegada, por exemplo, do órgão do amor independente do sexo.

Concluída a sua missão com tal experiência espacial, ele retornaria ao corpo dos seus doadores.

O que hoje parece uma loucura, como a viagem a lua foi para a geração dos meus pais, em um futuro mais próximo que pensamos isso será um procedimento banalizado.

Será que o médico continuará a existir, quando todos os dias milhões de milagres e exorcimos são mostrados pela televisão?

Prefiro a mais inimaginável das tecnologias médicas, a ter que presenciar a exploração de pessoas fragilizadas que, em troca de dinheiro, lhes são oferecidas curas mentirosas.

Esperemos.

*Gabriel Novis Neves é médico em Cuiabá.

A redação do RepórterMT não se responsabiliza pelos artigos e conceitos assinados, aos quais representam a opinião pessoal do autor.

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