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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

22 de Dezembro de 2012, 07h:48 - A | A

OPINIÃO / GABRIEL NOVIS NEVES

Orçamento

O que chamou a atenção do leitor foi a multiplicação por cinco dos recursos destinados ao gabinete do vice-prefeito de Cuiabá. Pulou de R$272,9 mil para R$1.4 mil!

GABRIEL NOVIS NEVES



Os jornais informam que o prefeito eleito solicitou ao atual que alterasse o orçamento já aprovado pela Câmara Municipal para o próximo exercício, forçando um aumento de vinte e um milhões de reais.


Houve consenso entre os vereadores e o desejo foi atendido.


O que chamou a atenção do leitor foi a multiplicação por cinco dos recursos destinados ao gabinete do vice-prefeito de Cuiabá. Pulou de R$272,9 mil para R$1.4 mil!


Mais confuso ficou ainda o contribuinte com essa prioridade explícita pelos números, quando não é segredo nesta cidade que o eleito vice, com todo esse agrado, ameaça não tomar posse no cargo. Prefere retornar as suas funções de deputado estadual.


Então, por que lutou tanto para ser candidato em eleição que não precisa de votos para se eleger?


Para ser vice de prefeito, governador ou presidente da República, ou suplente de senador, basta conseguir uma boa garupa para chegar lá.


Aqui, o vice-prefeito eleito para ser o escolhido pelo seu partido - aquele do Waldemar condenado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no chamado processo do mensalão -, teve que bater de frente com o senador Presidente de Honra da secção estadual, que preferia outro candidato.


Os boatos sobre as possíveis causas dessa inusitada renúncia são os mais desencontrados possíveis.


Como os personagens envolvidos (prefeito e vice) na renúncia nunca me disseram nada, eu prefiro não dar ouvidos aos gritos das ruas.


Deve ter havido algum pedido pleiteado pelo vice, e não atendido pelo seu colega de chapa.


Mesmo aumentando em cinco vezes a verba do gabinete do vice, o agrado não foi suficiente para uma decisão tão radical.


Que essa história é estranha, ninguém duvida.


Até quando teremos que sustentar com os impostos pagos com o produto do nosso trabalho, os vices e suplentes?


Fala-se tanto em governar com transparência, e fatos como este da renúncia passa em brancas nuvens para os eleitores e contribuintes dos cofres públicos.


Por essas e outras é que o voto deveria ser opcional.


Em tempo: os recursos para a educação permaneceram inalterados.

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