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Cuiabá, 12 de Maio de 2024
12 de Maio de 2024

06 de Agosto de 2020, 07h:00 - A | A

OPINIÃO / GIANA BENATTO

O que 'ser'em 2020

Oh 'aninho' estranho!



Oh 'aninho' estranho!

Mais alguém com esta mesma sensação?

Eu, pelo menos, tenho a sensação de que estamos vivendo dentro de um filme de ficção científica bem tumultuado e parece que o diretor e os produtores estão pensando em registrar a franquia. Se por um lado o roteiro transmite um misto de incertezas, insegurança e aflição, os roteiristas estão sendo generosos em apresentar, para equilibrar a trama, pontos positivos - ainda que trabalhados a fórceps.

A equipe de roteiristas (me parece que mundialmente famosa) criou cenas em que os atores e figurantes descobrem novas estratégias para lidar no dia-a-dia com seus conviventes, espaços e temporalidade. Tudo junto misturado. Neste enredo atribulado, todos permanecem pensando: Qual o papel de cada um dos participantes? Como ficamos? Como fico eu? Como fica você? Nesta parte da história, deram a todos nós, individualmente, o poder da improvisação.

Cenas nas quais podemos definir o rumo de nossos personagens, como se para reescrever o mesmo roteiro. O grande mote dele, roteiro, será, a partir da liberdade criativa permitida e necessária, o desenrolar da vida dos atores. Haverá como em todos os filmes do gênero os que sofrem diretamente as consequências de loucas experiências, como o monstro de Frankenstein. E haverá quem faça fortunas, lucrando por competência ou vilania, mas somente por saber aproveitar o momento - e diremos: "Já vimos este filme antes!" Mas, pelo que temos percebido, de um modo ou de outro, dentro ou fora do filme, com ou sem roteiro, nunca mais seremos os mesmos.

Por conta disso, será essencial que cada um de nós se reinvente. Por aceitação, por rebeldia, por necessidade. A verdade é que não seremos iguais ao que somos hoje. E, minha esperança é que talvez, na média, nos tornemos mais criativos, proativos, desenvoltos e perseverantes. Haverá muito luto e imensas lutas. Mas estas já estavam previstas no clima catástrofe do roteiro. Importante na improvisação é não nos permitirmos deixar levar pela nuvem de tragédias que o script apresenta. Fácil não é, mas como em todos as histórias de ficçãohorror, sempre houve forças do bem para contrabalançar. Reinventar será a palavra de ordem. Nos recriarmos será inevitável. Descobrirmos nosso potencial, nossa presença na solidão, nossa voz no isolamento.

Reinventarmos nossas crenças, fortalecermos valores e prioridades. Nos reformularmos como pessoas, como seres de luz, como sociedade. Acredito que aproveitando a parte do roteiro que nos possibilita a improvisação, conseguiremos desviar do caos, das armadilhas, das nuvens escuras e pesadas que fazem fundo à história.

Quando o filme acabar é possível que tenhamos que respirar longa e profundamente para nos localizarmos fora do set de filmagem. Entretanto, mais provável é que aplaudamos nosso poder de superação, de resiliência e de vitória. E, que saiamos com um Oscar de melhor performance em todos os tempos.

Ovacionados e aplaudidos em pé!

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