GABRIEL NOVIS NEVES
Entra ano sai ano e a tragédia da destruição da nossa Floresta Amazônica continua e atinge de forma impiedosa o nosso Estado.
Segundo a jornalista Amanda Alves, “o trabalho das motosserras, que antes era restrito a Sorriso (420 km ao norte da Capital), hoje alcança Feliz Natal (536 km ao norte da Capital) e ameaça os limites das terras indígenas, como o Parque Indígena do Xingu.”
Perdemos nos últimos anos cinquenta por cento da nossa floresta do Nortão.
Recebemos o maior prêmio nacional de desrespeito pela natureza, a ‘Motosserra de Ouro’, e continuamos à procura de novos recordes.
Os governos estadual e federal não fazem outra coisa a não ser desmentir essa primitiva realidade de destruição da nossa floresta - quando cobrado pelos órgãos internacionais de preservação da natureza.
Existe uma insuportável tolerância para os matadores das nossas árvores e florestas, que são transformadas em madeira e negócios com produção de alimentos.
Isso não acontece por acaso. Existe, no mínimo, negligência dos governos na fiscalização desse crime ambiental.
Quando a crise foge do controle do governo, cria-se uma dessas famosas operações com nomes apelativos em termos de marqueting.
A mais recente que tive conhecimento, foi a operação “Soberania Nacional”, onde os empregados do governo constataram o óbvio: “A destruição programada da nossa maior riqueza - a natureza.”
O poder político e econômico em Mato Grosso está nas mãos do pessoal do agronegócio e dos donos de serrarias.
A nossa floresta amazônica ainda não conhecida está se transformando em uma enorme fazenda de soja e comércio de exportação de madeiras nobres.
A queima daquilo que sobrou da floresta é responsável pela morte de várias espécies de vegetais, insetos e mamíferos que vivem na área.
É muito triste constatar que um Estado com um potencial incalculável doado pela natureza, seja dizimado com as bênçãos do poder público.
Triste garimpo será Mato Grosso do futuro!