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Cuiabá, 08 de Maio de 2024
08 de Maio de 2024

08 de Outubro de 2012, 16h:02 - A | A

OPINIÃO / EDUARDO CARDOSO

Cavaletes não votam

EDUARDO CARDOSO



Aliviados! Se os meus olhos pudessem dizer algo, com certeza, essa seria a primeira palavra -gritada- que sairia da minha retina, ao vislumbrar o sumiço dos cavaletes eleitorais.

Da Prainha ao CPA, aqui na capital, eu juro, não vi nenhuma foto “photoshopada” sorrindo ou me oferecendo dois ou cinco algarismos. A poluição-política-visual foi embora.

Preciso confessar que nas últimas chuvas, ainda na reta final da campanha, me alegrava ao ver os desrespeitosos cavaletes se deteriorando na água. Tudo bem que no outro dia alguns retornavam à árdua rotina, mas traziam em si as sequelas merecidas: “mancos”, sem pernas, apoiados por pedras, “emplastifcados” ou dotados com alguma arte da gambiarra para manter-se em pé.

Se cavaletes votassem, meu amigo, o recordista destas pragas, em Cuiabá, teria dado muito mais alegria ao seu tio, fonte inspiradora desse tipo de poluição. O ex-deputado estadual Sérgio Ricardo e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, uma hora dessas, já deve ter puxado as orelhas de seu pupilo derrotado.

A fatura da poluição visual deve ter ficado muita cara. Há quem diga que foram enviados cavaletes até para Marte, e tudo isso registrado pelo robô Curiosity, do laboratório móvel da NASA no planeta vermelho. As fotos foram, inclusive, postadas no Facebook (tudo não passou de uma bricadeira/protesto de internautas bem humorados).

Chega de piada, afinal, a mais engraçada foi o resultado nas urnas: o número de votos foi inferior ao de cavaletes. Esse mérito também pode ser atribuído à outros candidatos. Teve também aquele playboy do helicóptero adesivado, que roubou a cena no ar, mas que não chamou a atenção em terra firme.

E por fim descobrimos que os adjetivos “cheiroso e cheirosa, gut gut e bonita” não convencem mais os eleitores. É fato! A popularidade de um candidato pop não alcançou metade dos votos recebidos na eleição passada.

P.s. É bom que as milhares de bandeiras amarelas, banners e cavaletes em forma de coração intensifiquem suas jornadas de trabalho (ou não). Afinal, o representante da estrela vermelha, não usou sequer nenhum tipo desses artifícios, e mesmo assim, chegou ao segundo turno. Mas essa é outra –longa- história.

Eduardo Cardoso é acadêmico de jornalismo.

A redação do RepórterMT não se responsabiliza pelos artigos e conceitos assinados, aos quais representam a opinião pessoal do autor.

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Anderson 08/10/2012

Chega a ser patético ler algumas opiniões postadas por alguns pseudo-jornalistas, ou que apenas estudam para isso por enquanto. Não estou aqui para defender ninguém, muito pelo contrário, apenas analisar os fatos que ocorreram no dia 07 de outubro. O Sr. Fábio Felipe, embora tenha feito uma campanha agressiva, que tenha desagrado a muitos, foi o ÚNICO candidato que deu a cara a tapa durante 3 meses. Foi o único que estava nas ruas, eu mesmo o vi por mais de 20 vezes, foram os meus amigos que também comentavam. As propostas dele eram claras, simples e objetivas. Aí eu faço algumas perguntas: onde estava a campanha do Sr. João Emanuel, Sr. Juca do Guaraná, Sra. Lueci Ramos entre tantos outros. O Vou explicar, estavam todas guardadinhas, esperando apenas a hora certa para despejar milhares de reais pela cidade (inclusive com denúncias de cabos eleitorais sendo presos), em uma compra descarada de votos, ainda mais o campeão de votos tendo o apoio de um certo cacique do estado. Não é no mínimo suspeito? E agora pseudo-jornalista, o que o sr. tem a falar sobre isso? Acho que nada não é verdade, contra fatos não há argumentos.

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