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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

13 de Fevereiro de 2013, 08h:11 - A | A

OPINIÃO / WILSON CARLOS FUÁ

Cáceres é fantástica

WILSON CARLOS FUÁ



Localizada em ponto estratégico e com as portas abertas para a integração do mercado dos países andinos, Cáceres ficou vendo o tempo passar, e a mais de ¼ de século, vive a sonhar com os 03 grandes projetos que não saíram da gaveta das autoridades, tais como: ZPE, Porto de Morrinho e  Rodovia - Brasil/País Andinos.

É importante esclarecer que Cáceres nesse tempo, já elegeu filhos e  representantes da terra em cargos estratégicos como:   Vice-Governador; Senador; Deputados Federais; Deputados Estaduais, e pouca evolução efetiva se fez para se cobrar e exigir a viabilização e implantação definitiva dos projetos citados. A iniciativa privada tem o papel fundamental e principal quando organizada, e o poder público tem o papel secundário no projeto, pois só durante as campanhas eleitorais esses projetos vêm à tona e o povo fica a torcer para que eles não vão para o ralo da história.

1º ZPE – Agora homologada

Agora depois de ¼ século, a ZPE pode deixar de ser um projeto virtual, pois foi homologada a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Mato Grosso, com sede no município de Cáceres.   O Governo do Estado se propôs  a destinar recursos para implantação da infraestrutura, como: asfaltamento do acesso e ruas internas; projetos de rede de energia elétrica para sustentação da produção industrial e a implantação reservatórios de água e rede de esgoto, ( com lagoa de decantação destinada a preservação ambiental permanente). A ZPE se constituirá a partir do início da sua produção industrial, como a grande a transformadora do desenvolvimento para Cáceres e para o Estado de Mato Grosso, pois grandes empresas estarão investindo grande soma de recursos, que serão injetados no mercado cacerense, gerando empregos e renda para o município e para o estado. As empresas que construírem as suas fábricas localizadas na ZPE/Cáceres  poderão operar com suspensão de impostos e até  mesmo procedimentos administrativos simplificados, ficando a cargo do governo do estado e municipal oferecer também incentivos fiscais. Pela legislação atual toda a produção gerada na ZPE/Cáceres terá como destinação de 80% para o mercado externo e 20% para o mercado interno.

Dos três projetos tão sonhados pelo povo cacerense, A ZPE já está saindo da fase virtual e das propagandas políticas para sua implantação definitiva, mas ficarão os outros dois projetos encantados: o Porto de Morrinho e Ligação asfáltica de Cáceres com os Países Andinos.

2 º  – Porto de Morrinho:  Para quem não conhece o Porto de Morrinho, a construção desse Porto  faz parte de um grande projeto para  viabilizar a Hidrovia Paraguai-Paraná. Essa hidrovia abrangeria Brasil, Bolívia, Paraguai, Uruguai  e a Argentina  buscando a integração política, social e econômica destes cinco países. Ela funcionaria como uma alternativa fluvial para o escoamento da safra brasileira aos países da América do Sul e acesso as vias oceânicas. O porto seria construído na localidade de Santo Antonio das Lendas a 140 quilômetros de Cáceres por água ou 86 quilômetros por terra, que está localizado abaixo das grandes reservas ambientais e turísticas do pantanal cacerense. A partir desse ponto o Rio Paraguai recebe um grande volume de águas dos Rios Jauru e Sepotuba, por isso não há necessidade de aplicação de recursos para aprofundar a calha do rio, a partir desse ponto, poderia  trafegar comboios 4x4, com chatas tipo jumbo medindo 60 metros de comprimento e 12 metros de largura, com capacidade para 20.000 a 25.000 toneladas, tendo um calado médio de 10 pés durante 80% do ano. Embora existam várias as alternativas de saídas do Brasil para o Pacífico, o que interessa a Mato Grosso é a saída pelo Rio Paraguai, com destino aos portos do sul do Peru e do norte do Chile. Essa hidrovia não é  encachoeirada e está entre os poucos rios de planície facilmente navegáveis e seria a grande via fluvial para escoamento da produção agrícola de Mato Grosso, como: soja, milho, algodão, carnes (bovina, suína, aves), açúcar, óleo e farinha de soja, além de couro, e na forma de importação viriam frutos do mar, pescados, farinha de peixe, condimentos, bebidas, e fertilizantes.

Mas tudo isso, ainda é sonho ou projeto virtual, há muita polêmica e muitos interesses conflitantes que entravam a implantação desse magnífico projeto. As obras atualmente se encontram embargadas pela Justiça Federal, por iniciativa da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Mato Grosso,  e o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão da Justiça Federal de Mato Grosso que suspendeu o licenciamento ambiental do porto de Morrinho, no município de Cáceres.  Ficar a pergunta: porque os Portos de Porto Murtinho e Ladário tem autorização para operações idênticas?

3º –  Ligação Asfáltica Cáceres - San Matias-Santa Cruz:  No Governo Dante de Oliveira foi construído a Rodovia ligando por asfalto Cáceres a San Matias na Bolívia. O que ainda falta é ser asfaltado aproximadamente 400 quilômetros para chegar a Santa Cruz de La Sierra, e a partir dessa pavimentação, Cáceres transformaria no portal a Rota de Exportação via rodovia, viabilizando escoamento de toda produção pelo Porto de Arica/Chile, além de abrir mais uma alternativa para o mercado que fica na rota do caminho para o Oceano Pacífico (Bolívia, Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile) fora o grande mercado turístico que os países andinos possam visitar e usufruir as belezas do Pantanal Cacerense, gerando emprego e renda com oferecimento serviços de hotelaria, restaurantes, transportes fluviais e atividades de pesca náutica, e vice-versa,  abrindo também mais uma alternativa ao povo mato-grossense e da região norte do país por rodovia, por conhecer e desfrutar dos pontos turísticos das Américas, além de promover intercâmbios culturais.

Partindo por essa rodovia: Cuiabá-Cáceres-San Matias-Santa Cruz por  um percurso de  1.100 quilômetros, e somente  400 quilômetros não estão asfaltados. E de Santa Cruz até o oceano pacífico, somaria apenas mais 1000 quilômetros totalmente asfaltado, perfazendo um percurso total de aproximadamente 2.100 quilômetros, diminuindo assim,  o tempo de viagem dos produtos, encurtando distância e custos de transportes, evitando todo o contorno da costa brasileira para se chegar ao grande mercado composto pelos TIGRES ASIÁTICOS, dos quais fazem parte Japão, China, Formosa, Cingapura, Hongkong e Coréia do Sul, tendo um PIB de 4,25 trilhões de dólares, e um mercado consumidor de 1.295 bilhão de pessoas. Só para dar como exemplo: o percurso de Arica/Chile a Yokohama/Japão, ficaria 5.319 km mais curto do que entre Sepetiba/Rio de Janeiro a Yokohama/Tóquio.

Agora chegou a hora de unir todas as forças associativas organizadas de Cáceres para assumir o seu papel em busca do desenvolvimento da cidade e cabe ao povo formar comitês para: acompanhar, exigir e ajudar na viabilização desses 03 grandes projetos, que até aqui foram usados de forma eleitoreira, beneficiando a eleição de muitos políticos, que nunca lutaram verdadeiramente pela implantação desses projetos, e que por eles continuarão virtuais.

Chegou a hora das famílias cacerenses se unirem somando forças, e que elas venham de  todos os lados: dos bairros, das igrejas, dos clubes, das praças, do capão dos bugius; dos poleiros das garças, dos ninhais e  dos estridentes cantar dos aracuãs ou dos cardumes das piranhas, não interessa, o importante que venham de onde vier.

E que a história desse povo lutador, que historicamente defendeu a linha imaginária da fronteira brasileira, materializada pelo Marco de Jauru, agora sejam também os grandes defensores da abertura das portas de Cáceres para as veias abertas da América Latina, que venham unir nesta luta pacífica em busca do Pacífico: os Silvas, os Rondon’s; os Fontes, os Lacerdas; os Farias, os Pereira Leites, os Montecchi, os Freires, os Costa Marques; os Castrillon’s; os Curvos; os Michels; os Fanaias; os Gonzagas; os Garcias; os Portos; os Dantas, os Reis e os Arrudas, etc.,

A história de Cáceres se mistura com a história de vida de cada um de vocês, deixem de lado essa inação e essa apatia, não esperem que os aventureiros façam por vocês.

Economista Wilson Carlos Fuá – É Especialista em Administração Financeira  e  Recursos Humanos Fale com o Autor: [email protected]     
 

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ana alice 13/02/2013

É creyton a manguera entrou mesmo.. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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CLAYTON JOSE SOARES 13/02/2013

Peça para Fuá escrever sobre o "belo" desfile da mangueira

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2 comentários

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