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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

12 de Agosto de 2012, 08h:24 - A | A

OPINIÃO / ANTONIO CAVALCANTE FILHO

A “Política” dos Porcolíticos

ANTONIO CAVALCANTE FILHO



Mal começou a “propaganda eleitoral”, nas ruas da “Cidade Verde”, já podemos atribuir nota zero para os itens: “Educação Ambiental”, “Cidade Limpa”, “Respeito aos Cidadãos” e principalmente para o item: “A Boa Política”.


O político verdadeiro é aquele que é zeloso e tudo faz para que o seu município fique cada vez mais limpo, bonito e agradável para quem nele vive. Isso significa dizer que, o verdadeiro POLÍTICO zela com carinho do bem-estar do seu povo.


O candidato honesto que quer ser eleito não polui a sua cidade com esses horríveis cavaletes ou com a barulheira estridente dos alto-falantes. Não tenha dúvidas de que quem desrespeita a cidadania agora desrespeitará muito mais depois.


A grande ironia de tudo isso está no fato de que muitos destes politicóides, que agridem sonoro e visualmente o meio ambiente, são os mesmos que em suas políticas públicas prometem cuidar do meio ambiente e da felicidade dos cidadãos. Talvez em suas demagogias ou miopia intelectual não consideram estas publicidades poluidoras, como um grave desrespeito a todos nós e até mesmo uma profunda contradição com as suas próprias promessas de campanha.


Tudo isso mostra que esses números e rostos de sorrisos amarelados estampados nos cavaletes não evoluíram em nada. Não conseguem sequer entender que a verdadeira política é como diria Aurélio Buarque de Holanda: “a arte de bem governar os povos”. Portanto, uma arte sublime inspirada para conduzir o povo à felicidade.


Mas o fato é que a cada ano eleitoral apesar de todo o incomodo que causam aos pedestres e a circulação dos veículos e de tornar a cidade mais feia, (como se já não bastasse os claros sinais de abandono com a saúde pública, com o transporte coletivo, e do lixo e da buraqueira pipocando por todos os lados), essa maneira suja de fazer campanha vem se eternizando de forma extremamente inconveniente e contrária aos interesses do bem-estar da população.


Essas fealdades que invadem os espaços públicos, empobrecendo a beleza arquitetônica da nossa capital, dificultam ainda a absorção das informações necessárias para o deslocamento das pessoas. Duas das conseqüências mais funestas dessa poluição visual é a descaracterização do conjunto arquitetônico, principalmente das avenidas e a de colocar em risco a segurança dos munícipes.


Os cavaletes e placas que invadem as ruas da nossa “Cidade Verde”, além de degradarem o meio ambiente desviam ainda à atenção dos condutores de veículos. Apesar de tudo isso, a sujeira eleitoral está por toda parte. Em todos os canteiros ou em cada via pública lá está a sua “excelência”, o tal cavalete candidato, provocando a poluição visual e possíveis acidentes pela sua excessiva utilização.


A verdade é que essa campanha eleitoral tão suja transformou uma simples caminhada pelas ruas da capital numa verdadeira prova de superação de obstáculos tanto para os pedestres quanto para os veículos. É claro que ninguém gosta disso, mas será esta politicalha sujona, se eleita, que irá administrar a nossa querida Cuiabá.


Hoje, em suas campanhas, todos eles, cinicamente estão prometendo que a cidade tem de ser limpa e que o bem estar dos cidadãos tem que ser respeitado. Porém, para os porcolíticos sujões, cidade limpa e respeito aos cidadãos não valem em época de eleição.


Pense nisso e vote consciente!

 

*Antonio Cavalcante Filho é Coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral de Mato Grosso – MCCE-MT

 

A redação do RepórterMT não se responsabiliza pelos artigos e conceitos assinados, aos quais representam a opinião pessoal do autor.

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