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Cuiabá, 12 de Maio de 2024
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14 de Dezembro de 2012, 08h:05 - A | A

OPINIÃO / JOSÉ ALEXANDRE SCHUTZE

A Ordem do Mérito também é nossa!

JOSÉ ALEXANDRE SCHUTZE



Uma pesquisa divulgada nesta semana pela Revista Veja mostra que Mato Grosso subiu no conceito de 'estados preparados para receber investimentos estrangeiros', o que nos garantiu a 12ª posição entre os demais 27 estados brasileiros.

Dentre os ‘quesitos’ analisados sobre o ‘ambiente econômico’, numa escala de 0 a 100, Mato Grosso conseguiu uma nota boa e acima da média nacional, alcançando a nota 50 –  24% maior que a média anterior, 40,1 pontos. Foram avaliados, nesse item, o tamanho e o crescimento apresentados pelo mercado estadual, bem como, a renda média dos habitantes e a desigualdade de renda na população. Vale ressaltar que o PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso, hoje, é de R$ 69 bilhões, enquanto a renda per capita média é de R$ 17,2 mil.

Mas, o que de fato isso representa, se ainda temos tanto a percorrer? Afinal, a mesma pesquisa elencou fatores ainda deficientes no nosso estado, como a infraestrutura, que nos coloca num patamar abaixo da média nacional, com nota 12,5, contra os 26,9 anteriormente apontados.

Representa o saldo de importantes passos que, há pelo menos uma década, foram dados rumo a um novo ciclo econômico de Mato Grosso. O estado cresce a passos largos, superando expectativas na produção, que resulta num aumento do PIB e, por consequência, reforça o superávit da balança comercial brasileira. De 2005 a 2011, nosso Produto Interno Bruto cresceu 71,62%. Somente em 2011, ascendeu 4,5%, percentual maior que o resultado nacional, que foi de 2,7%. O crescimento de MT representa mais da metade do crescimento da China (9,2%), país que mais cresce no mundo.

Em 2011, o Estado de Mato Grosso foi o maior exportador do Centro-Oeste e 8º no ranking de exportações do Brasil. Êxito que logramos com a utilização de apenas 8% do nosso território empregados na produção de grãos, e 26% na pecuária. No mesmo ano, o estado exportou R$ 11,099 bilhões de dólares, o que representa 4,34% das exportações nacionais.

E isso se deve a um trabalho iniciado lá atrás, quando a contra gosto de alguns, o então governador Blairo Maggi encampou a política de incentivos fiscais no Governo. Hoje, reflexos e impactos convergem para o crescimento e constante necessidade de inovações tecnológicas capazes de acompanhar nosso desempenho no campo e criação de parques industriais. Temos testemunhado o aumento da produção e de serviços, avanço nas exportações e a tão ansiada geração de emprego e incremento da renda.

Criado no seu primeiro ano de gestão, defino alguns programa de incentivo como agentes desse cenário promissor. São eles o Prodeic (Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial), o Fundeic (Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial) e o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que ganha força com a recriação da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste).

Essas frentes têm garantido um novo ciclo econômico para Mato Grosso, onde os valores agregados à nossa produção guardam estrita relação com a chegada de novas indústrias.

Na produção primária, indústrias que têm incentivos fiscais acabam por trazer outras - não incentivadas tributariamente -, o que chamamos de arrecadação indireta. Ainda assim, essas últimas encontram e Mato Grosso um mercado sólido para executarem suas produções. Nosso estado tornou-se atrativo também para fornecedores em geral e prestadores de serviços, que contribuem com o desenvolvimento da economia local.

É o começo de uma nova era. Depois de ocupar o lugar de maior produtor de grãos, Mato Grosso começa a caminhada rumo a uma nova etapa do desenvolvimento econômico, que é a agregação de valores à matéria prima, é um passo a mais na caminhada rumo à industrialização.

Numa conta simples, se pararmos para somar os incentivos dos programas do Prodeic, Fundeic e FCO nos últimos anos, só em MT foram beneficiadas 21,904 mil empresas e gerados mais de 202 mil empregos diretos. Com isso, o crescimento na geração de empregos no período de 2005 a 2012 atingiu 183,61%.

Se ainda restam dúvidas de que esses programas vêm fortalecendo a competitividade, diversificando a econômica e a participação nos mercados nacional e internacional, e ainda fomentando o comércio exterior, a prova foi o reconhecimento ao ‘líder’ que, há uma década, idealizou esse Mato Grosso em números positivos.

Na última semana o senador Blairo Maggi, foi condecorado com a medalha ‘Ordem do Mérito Industrial’ pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), graças aos relevantes serviços prestados ao setor industrial e à sociedade. Na verdade, longe dos holofotes, esse prêmio traduz o atual cenário em que Mato Grosso se encontra. E que precisa, sem dúvida alguma continuar inserido, pois, se um primeiro passo foi dado, tantos outros precisam ser seguidos pelo exemplo que nos foi deixado.

Se a honraria foi entregue a Blairo Maggi pelo trabalho desempenhado enquanto governador de Mato Grosso - quando desenvolveu fortemente uma política de atração de novas indústrias -, muito mais ganhou o Estado, com seu povo ordeiro que soube compreender a magnitude dessa visão, conferindo-lhe a confiança do voto, e por isso, hoje, partilha com o nobre senador tamanho reconhecimento. Parabéns ao Blairo, mas a ordem do mérito também é nossa!

José Alexandre Schutze é presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de Mato Grosso - [email protected]

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