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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
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17 de Agosto de 2019, 09h:21 - A | A

NACIONAL / COISA PÚBLICA

Prefeito é acusado por usar máquinas e servidores públicos para construir a própria casa

Com o afastamento, Prefeitura de Carmolândia será comandada pelo vice-prefeito, Erasmo Pereira da Silva. De acordo com as investigações, construção era feita em horário de expediente; dois secretários também são suspeitos.

G1/TO



O prefeito de Carmolândia, Neurivan Rodrigues de Sousa (PMN), foi afastado do cargo por uma decisão liminar em um processo contra ele por improbidade administrativa. De acordo com as investigações, ele usou maquinários e servidores públicos na construção da própria casa, em horário de expediente. A decisão é desta sexta-feira (16) e determina o afastamento imediato. O cargo será ocupado pelo vice-prefeito, Erasmo Pereira da Silva.

Os secretários de Infraestrutura e de Turismo e Meio Ambiente também devem deixar os cargos. De acordo com as investigações, os dois teriam trabalhado como pedreiro e acompanhante na obra nos horário em que deveriam prestar os serviços públicos. A Justiça também determinou o bloqueio de bens dos investigados até o limite de R$ 350 mil.

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Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), fotos, vídeos e depoimentos comprovaram que caçambas usadas na limpeza da cidade, e uma retroescavadeira usada nas obras públicas, transportaram materiais de construção e limparam o lote da obra particular.

Além disso, servidores contratados para a limpeza pública teriam deixado de prestar os serviços para trabalhar na construção da casa. Eles chegaram a fazer rodízio na obra, "ficando dois atuando na limpeza da cidade e dois nas obras da casa do prefeito", informou o MPE. Um dos trabalhadores denunciou que sempre descarregava um caminhão da prefeitura no lote e já teve que ficar na construção além do horário normal de expediente.

Além de perder os cargos, se condenados, o prefeito e os secretários podem ter os direitos políticos suspensos e deverão pagar multa e ressarcir todos os danos causados aos cofres públicos. Eles também podem ficar proibidos de receber benefícios ou incentivos fiscais e de crédito.

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