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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

15 de Outubro de 2012, 09h:45 - A | A

NACIONAL / INFLAÇÃO

Preços de batata, tomate e cebola sobem 50% só neste ano

Consumidor deve procurar alternativas mais baratas enquanto custos não caem

DO R7



O prato de salada do brasileiro anda pesando na balança e essa não é apenas uma impressão do consumidor: de janeiro a setembro deste ano, o preço de tubérculos, raízes e legumes avançou 48,49%, muito acima do índice geral, de 3,77%, apurado pela inflação oficial, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). 


Alimentos como tomate, cenoura, batata, cebola e mandioca estão chegando mais caros à mesa e elevando a cesta básica do brasileiro. A inflação deles está mais alta que a de carnes e peixes, que acumulam variação de 5,46% no ano, e também que a do frango, cujo índice teve aumento de 5,64% no período. 


Segundo a assessora econômica da Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) Julia Ximenes, os meses de setembro e outubro não são muito propícios para os tubérculos. 


— Não é um período de disponibilidade muito farta desses itens. Porém, há outros problemas afetando esses produtos in natura, como a ausência de chuvas, a necessidade de irrigação (o que aumenta o custo de produção) e o aumento do custo do frete. A pressão causada por esses fatores afeta o preço final dos alimentos. 


Para driblar essa alta, os consumidores devem pesquisar os preços, recomenda Julia. Outra alternativa é tentar consumir, na medida do possível, produtos que tenham mais disponibilidade nesta época do ano e que não sofram tanto com os problemas climáticos. 


— No caso dos legumes, pode-se incluir a berinjela e o aspargo, por exemplo. 


A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), que facilita a comercialização, distribuição e armazenamento de produtos hortifrutigranjeiros, confirma o encarecimento da batata na mesa do paulistano, como a diminuição da produção. 


Os preços subiram 32,1% em setembro e o quilo passou de R$ 1,15 para R$ 1,52, informa o economista do Ceagesp Flavio Godas. 


— De fato, problemas sazonais reduziram a produção e o volume ofertado de batata aqui na Ceagesp. A tendência é que a situação se normalize ainda neste mês.


O consumidor poderá sentir os alimentos aliviando o bolso ainda neste ano, afirma Julia. Em novembro, a safra já é mais favorável para os tubérculos e a inflação de batata, beterraba e cenoura começa a desacelerar. 


A chegada das chuvas também vai beneficiar itens como nabo, pepino, pimentão e tomate, este último o vilão dos últimos meses.

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