FOLHA DO ESTADO
O total de empresas que tiveram falência decretada no Estado cresceu 112,5% nos primeiros oito meses deste ano. Na comparação com o mesmo período de 2011, as consolidações passaram de oito para 17. A quantidade de recuperação judicial requerida também aumentou 40%. Os números saltaram de 25 no acumulado de 2011 para 35 em igual período deste ano. Frente a este cenário o número de recuperação judicial concedida apresentou queda de 58%, passando de 17 no ano passado para 7 este ano. As informações são do Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações divulgadas ontem.
Hoje, Mato Grosso possui cerca de 200 mil empresas ativas, segundo a Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat). Oitenta por cento das que abrem sobrevivem mais de cinco anos.
Segundo o advogado especialista na área de recuperação judicial, Enio Medeiros, os números são resultados principalmente das dificuldades ainda enfrentadas por parte das empresas, como a atividade econômica mais fraca, a inadimplência dos consumidores e a maior dificuldade de obtenção de crédito.
Conforme o advogado, devido a esse contexto o setor que teve uma elevada consideração em ajuizamento de recuperações judiciais foi o da construção civil.
“Vez que sem recebimento de algumas entidades governamentais foram obrigados a recorrer à recuperação judicial para manter as suas atividades econômicas e manter os salários dos empregados”, explica.
Conforme, Medeiros o número de recuperações judiciais concedidas teve queda em relação às recuperações judiciais deferidas, porque “a concessão da recuperação judicial depende do trâmite processual e aprovação do plano de recuperação da empresa”.
Para o advogado, o cenário deve melhorar a partir deste mês, tendo em vista que a economia começou a apresentar um melhor desempenho.