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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
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26 de Março de 2021, 19h:53 - A | A

NACIONAL / TERROR E SOFRIMENTO

Mulher denuncia mãe, irmão e padastro: "Fui estuprada dos 9 aos 16 anos"

Relato chocante foi feito por uma moradora do Reino Unido; todos foram considerados culpados pela Justiça

RIC MAIS



Maureen Wood foi estuprada pela primeira vez por seu irmão mais velho em seu nono aniversário. Um ano depois, seu padrasto descobriu os abusos e ela se sentiu aliviada, pois acreditava que ele a protegeria e o pesadelo iria acabar. No entanto, a longa história de violência sexual estava só começando.

“Lembro-me de cada detalhe daquele dia. Estávamos lá fora, brigando de água e, enquanto eu me secava no banheiro, meu irmão John, que chamávamos de Jock, entrou e começou a me tocar. Eu não entendia o que ele estava fazendo, mas sabia que parecia errado e era horrível, conta Maureen.

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Aos 10 anos, o padrasto também começou a abusar dela e sua última esperança era a mãe. Mas mais uma vez, Maureen descobriu que estava enganada e sua própria genitora se envolveu nos estupros.

“Eles costumavam me fazer dormir na cama deles, entre eles, e se revezavam para abusar de mim. Minha mãe ajudou a me preparar para quando meu padrasto me estuprasse. Parecia o fim do mundo. Com todos eles contra mim, eu não tinha para onde me voltar”, diz Maureen.

“Minha família ameaçou se eu contasse a alguém. Foi difícil porque, para o mundo exterior, meus pais eram pessoas respeitáveis. Eles trabalhavam em um clube social local e eram gerentes no salão maçônico também. Eles eram conhecidos e queridos. Eu tentei fugir e uma vez fiquei fora por dois dias. Mas a polícia me encontrou e me levou para casa.”

Maureen manteve seu terrível abuso na infância em segredo por três décadas antes de contar à polícia as coisas horríveis pelas quais havia passado. O seu silêncio escondeu, inclusive, um filho que ela deu à luz aos 13 anos como resultado dos estupros cometidos pelo irmão. No entanto, foi a exumação do corpo da criança, que trouxe justiça para a vida de Maurren.

“Meu filho bebê, Christopher, foi vital para o caso da promotoria. A polícia me avisou que seria improvável que eles obtivessem uma amostra de DNA viável de seu corpo – mas quando ele foi exumado, seu corpo estava intacto e a amostra estava perfeita”, contou a mulher que escreveu o livro ‘Um segredo de família’, onde relata os abusos.

“O abuso parou enquanto eu estava grávida. Pela primeira vez na minha vida, eu me lembrava, não estava sendo abusada e era como um pequeno pedaço do céu. Recebi a ordem de contar às pessoas que fui estuprada por um estranho, mas eu sabia, com certeza, que o pai do meu bebê era meu irmão”, lembra sobre a criança nascida em 1984 que morreu um mês depois.

Em outubro de 2011, a justiça do Reino Unido condenou o padrasto de Maurren, John Wood, então com 68 anos, a 16 anos de prisão. Seu irmão, John Donnelly, de 46 anos, foi condenado a dois anos de prisão após admitir estupro, incesto e agressão indecente. E a mãe, também chamada Maureen Wood, então com 65 anos, foi considerada culpada de quatro acusações de auxílio e cumplicidade no estupro. Ela foi presa em outubro de 2011 por nove anos e morreu na prisão.

“O abuso de minha mãe foi, e ainda é, a coisa mais difícil de processar. Como mãe, você nutre e protege seu filho, mas ela me destruiu. Minha mãe e meu padrasto nunca se desculparam. Mas meu irmão se declarou culpado e me disse que sentia muito”, completa Maureen.

Os abusos continuaram até os 16 anos, quando Maureen conseguiu sair de casa.

Fonte: RIC MAIS

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