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Cuiabá, 19 de Maio de 2024
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27 de Fevereiro de 2019, 10h:13 - A | A

NACIONAL / CRISE NAS FRONTEIRAS

Menina venezuelana chora ao morder sanduíche ganhado de brasileiros

No domingo (24), a entrega de um sanduíche a uma criança de aproximadamente cinco anos retratou a dor que atinge os filhos da fome venezuelana.

UOL



O drama das crianças venezuelanas que fogem da fome comoveu um grupo de missionários que está em Roraima para ajudar os refugiados.

Impedidos de levar a ajuda diretamente aos venezuelanos pelo fechamento da fronteira, o grupo visita ruas e abrigos de Boa Vista.

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No domingo (24), a entrega de um sanduíche a uma criança de aproximadamente cinco anos retratou a dor que atinge os filhos da fome venezuelana. Pouco depois de receber o alimento, as lágrimas foram de alegria ao voltar para o abrigo onde vive.

"A criança chorou quando deu a primeira mordida. Meu coração [chorou] muito mais", contou a missionária identificada apenas como Maria Clara, em depoimento publicado na página do grupo católico Aliança da Misericórdia, que organizou a viagem.

A menina foi encontrada em um dos acampamentos em Boa Vista onde vivem refugiados de até 13 anos. Eles vivem em barracas e têm direito a apenas uma refeição no dia. Muitas mães e pais passam maior parte do tempo fora pedindo esmolas ou tentando algum dinheiro com a prostituição. 

PADRE: "TENSÃO, CHORO E FOME"

A missão em Roraima se chama Duc in Altum --que em tradução livre significa lançar-se ao largo-- e é formada por religiosos de Ceará e de São Paulo. A equipe conta com cinco padres e 28 missionários. Chegaram a Roraima na sexta-feira passada (22) e encontraram a fronteira em Pacaraima fechada.

O padre José Vicente dos Santos, da Diocese do Crato (CE), classifica a situação dos refugiados --em especial das crianças-- como dramática. "O momento é de tensão, choro e fome. Precisamos realmente ajudar porque a situação está muito caótica", disse.

José Vicente conta outra situação marcante. Logo ao chegar a Pacaraima, viu uma criança chorando e pedindo água. "Mas eu não podia descer, o Exército de [Nicolás] Maduro não deixava entregar alimento ou água para eles", disse.

"Fizemos uma campanha, arrecadamos muitos alimentos e trouxemos para cá. Como não conseguimos entregar na fronteira --porque foi proibido--, voltamos para Boa Vista e estamos distribuindo", explica.

Ele diz que tenta ajudar os venezuelanos a se alimentarem, mas também espiritualmente. "A igreja aqui de Roraima está acolhendo os refugiados, mas são muitos. Alguns estão na rua. Estamos fazendo orações com eles e, em seguida, entregando comida. São 200 quentinhas que estamos entregando à noite."

Na capital, ele conta que a ajuda foi efetiva. As fotos enviadas à reportagem mostram a alegria das crianças ao receberem alimentos e atenção os missionários.

Na Igreja Santo Agostinho, em Boa Vista, os venezuelanos se agrupam em um abrigo. A equipe missionária reza em espanhol.

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Lima 27/02/2019

O Senhor tenha misericórdia de todos, principalmente das crianças que estão sofrendo. Oremos !

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