G1/AM
Uma grávida de sete meses, diagnosticada com a Covid-19, e o bebê dela morreram em Manaus após parto prematuro. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam), Regivane Mafra tinha 28 anos estava em quadro grave da doença. O número de casos do novo coronavírus passa de 25 mil e já são mais de 1,6 mortes, estado.
Moradora de Tonantins, a 863 KM de Manaus, ela ficou seis dias internada em estado grave. No dia 16, segundo a família da vítima, Regivane conseguiu "carona" numa UTI aérea reservada para um paciente de 60 anos, também com a doença.
A grávida foi internada para UTI do hospital de campanha da Prefeitura de Manaus. Dois dias depois, ela teve descolamento da placenta e precisou ser novamente transferida, dessa vez para uma maternidade.
O parto ocorreu na maternidade Ana Braga, na capital. A Secretaria de Saúde do Amazonas informou que o bebê não resistiu no pós-parto, devido à prematuridade.
Em estado grave após o parto, a mãe foi transferida para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da maternidade Balbina Mestrinho, porque os leitos de UTI na maternidade Ana Braga estavam com ocupação máxima. Ela morreu no dia seguinte.
Mãe e filho foram enterrados na quarta-feira (20) no Cemitério Tarumã, na capital. "Foi muito doloroso participar, enterrar. É uma dor e uma cicatriz que vai marcar para sempre", disse a mãe.
Por telefone, o secretário de saúde do município de Tonantins, Júlio César, informou à Rede Amazônica que a paciente recebeu toda a assistência necessária no hospital. Com relação à denúncia de a paciente ter recebido carona para Manaus, segundo o secretário, a informação não procede. Ele disse que a Prefeitura alugou uma UTI aérea para trazer dois pacientes, um paciente e a Regivane.
A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) informou que, também, prestou toda à assistência à paciente.
Na última segunda-feira (18), outra grávida diagnosticada com o novo coronavírus morreu, em um hospital de Manaus, após passar por um parto prematuro e não conheceu o filho. Eliane Ramos Rodrigues estava no oitavo mês de gestação, quando começou a sentir falta de ar e fortes dores no corpo.
Ela passou por exames, que confirmaram que ela estava com o novo coronavírus. O filho, Bernardo, nasceu prematuro. Após o parto, ele se recuperou e recebeu alta. A mãe permaneceu internada em um hospital da rede privada, em estado grave. No dia 14, ela não resistiu e morreu sem conhecer o filho.