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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

27 de Agosto de 2012, 10h:18 - A | A

NACIONAL / FEBRE AFTOSA

Governo estuda contestar a OMC

Ministro lembra que vários Estados já têm o status de livres de febre aftosa.

A GAZETA



 

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, disse que o governo brasileiro estuda a possibilidade de integrar, como parte interessada, a contestação feita pela Argentina na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra as restrições às importações de carne bovina in natura. “Estamos acompanhando com muito interesse o assunto”, disse ele, em entrevista à Agência Estado. A situação sanitária da pecuária brasileira é similar à da Argentina, pois vários Estados têm o status de livres de aftosa com vacinação, reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e ainda assim não podem exportar carne in natura para os Estados Unidos.

Na entrevista sobre o primeiro ano de sua gestão à frente do Ministério da Agricultura, Mendes Ribeiro disse que quando assumiu acreditava que poderia se antecipar a todos os problemas, mas foi muitas vezes atropelado pelos fatos. Ele atribui as dificuldades à falta de estrutura do Ministério da Agricultura, o que considerou ‘impressionante’. “Os quadros são extraordinários, mas poucos”, disse o ministro.

Mendes Ribeiro disse que a falta de uma assistência técnica, para levar os resultados da pesquisa até o campo, é uma das deficiências do Ministério Agricultura. Ele afirmou que a presidente Dilma Rousseff autorizou os estudos para a criação da Agência de Extensão Rural, que estão sendo realizados em conjunto com diversas entidades.

A assistência técnica é peça-chave no programa de regionalização do Ministério da Agricultura que Mendes Ribeiro lançará na próxima semana durante a Expointer, em Esteio, no Rio Grande do Sul. Ao ser questionado sobre como será implementada a nova política, ele respondeu que a “palavra regionalização em si diz tudo”.

Em relação aos problemas enfrentados por criadores de aves e suínos em Santa Catarina, o ministro afirmou que “não vai faltar milho”. Em relação às reclamações dos criadores sobre a disparada das cotações do milho e do farelo de soja, Mendes Ribeiro afirmou que o governo nada pode fazer, pois ‘preço é mercado’. Ele disse que o principal problema é a dificuldade das pequenas e médias empresas em acessar crédito. “Por isso vamos disponibilizar recursos para financiar o capital de giro”, disse o ministro demonstrando confiança.

O ministro argumentou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está utilizando todos os instrumentos de política agrícola de que dispõe para permitir que os criadores sejam os menos sacrificados.  ‘Muita gente vai perder, mas queremos que o pequeno e o médio percam o mínimo possível‘, disse.

Em função das dificuldades enfrentadas pela Conab para conseguir caminhões para transportar o milho depositado em Mato Grosso até Santa Catarina, Mendes Ribeiro afirmou que ligou para o governador e pediu apoio para pagar o frete de retorno, uma vez que os motoristas não querem voltar à origem sem carga.

O ministro disse que o governo está atento aos problemas provocados pela demora no desembarque dos fertilizantes no porto de Paranaguá, que pode atrasar a entrega do insumo e comprometer o preparo do solo para o plantio. Ele afirmou que a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, está coordenando as ações para contornar os problemas. 

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