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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
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12 de Novembro de 2019, 10h:55 - A | A

NACIONAL / MAUS TRATOS

Crianças eram punidas com tiros de arma de airsoft ao recusarem fazer serviços domésticos

Pai, de 34 anos, foi preso em Ribeirão Preto (SP) por suspeita de tortura. Mãe das crianças, de 31 anos, também é investigada. Ferimentos no corpo foram descobertos pela professora.

G1/SP



Em depoimento na Central de Flagrantes da Polícia Civil, em Ribeirão Preto (SP), o homem preso por suspeita de atirar contra os filhos usando armas de airsoft disse que agiu porque as crianças se recusaram a realizar afazeres domésticos.

O montador, de 34 anos, responderá por crime de tortura e será levado para audiência de custódia na Justiça nesta terça-feira (12). A mãe das crianças, uma técnica de enfermagem de 31 anos, está sendo investigada por suspeita de ser conivente.

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O Conselho Tutelar informou que as vítimas, de 9 e 15 anos, ficarão sob a guarda dos avós maternos. Segundo relato das conselheiras à Polícia Civil, as crianças passam por “intenso sofrimento mental, bastante temerosas pelas atitudes violentas do pai”.A conselheira tutelar Carmen Theodoro Gaspar de Lima contou que o crime foi descoberto nesta segunda-feira (11) pela professora da adolescente, que notou os ferimentos provocados pela munição em diversas partes do corpo dela. A Polícia Militar foi acionada.

Consta no boletim de ocorrência que a garota e o irmão caçula confirmaram que são punidos dessa forma sempre que deixam de realizar afazeres domésticos. A família mora em um condomínio de apartamentos no Jardim Presidente Dutra.

“Inquirido, o indiciado informou que chegou em casa (sic) dias atrás e passou a brincar com as armas de airsoft, e como as vítimas não quiseram realizar afazeres domésticos, ele atirou contra elas, e como estava no modo rajada, saíram várias bolinhas (...)”, diz o registro.

A técnica de enfermagem disse que nunca denunciou o suspeito porque tem medo dele e também de perder a guarda do filho caçula, que é adotado. Ela foi liberada após o depoimento, mas será investigada.

O caso deve ser encaminhado para investigação na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

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