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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
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18 de Dezembro de 2012, 07h:42 - A | A

NACIONAL / COM AVIÃO NÃO TRIPULADO

Brasil vai fotografar plantações de coca na Bolívia para combater tráfico na fonteira

As imagens serão usadas pelos governos para estruturar ações de combate ao tráfico de drogas na fronteira

FOLHA.COM



 Os governos do Brasil e da Bolívia estão em fase final de negociação para que os dois Vants (Veículos Aéreos Não Tripulados) brasileiros entrem em território vizinho para fotografar plantações de coca, matéria-prima de drogas como cocaína e crack.

As imagens serão usadas pelos governos para estruturar ações de combate ao tráfico de drogas na fronteira dos dois países, que tem 3.462 quilômetros de extensão.

Os governos também fecharam acordo para que peritos brasileiros viajem até a Bolívia para recolherem amostras de folhas de coca em diferentes regiões do país, o que facilitará o trabalho de laboratório para indicar a origem das drogas que entram no Brasil.

Os brasileiros também irão treinar peritos bolivianos a fazer exames que identificam a origem das folhas de coca.

Como a Folha revelou em julho, a Bolívia é a origem de 54,3% da cocaína que entra no Brasil. A partir da análise química da droga apreendida no país, a Polícia Federal descobriu a procedência exata do que circula pelo país.

GRUPO

Os governos de Brasil, Bolívia e Peru criaram um grupo de trabalho para propor um plano conjunto de combate ao tráfico de drogas.

"Os veículos da Polícia Federal poderão sobrevoar o território boliviano fornecendo imagens para que se possa fazer o enfrentamento do crime organizado na própria Bolívia", anunciou o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).

"Isso é muito importante para que, com ações de inteligência, seja possível unir esforços", completou o ministro.

Segundo Cardozo e o ministro de Governo da Bolívia, Carlos Romero, ainda é preciso discutir onde essas imagens serão feitas e se não há nenhum impedimento legal para o sobrevoo.

Eles preveem que o primeiro voo deve ocorrer em um mês.

O ministro boliviano afirmou que a fronteira entre os dois países "é uma zona vulnerável de tráfico aéreo de drogas".

Para Cardozo, a colaboração internacional, com troca de informações, ajuda no combate ao tráfico nas fronteiras.

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