G1/RJ
O bilhete que levou a Polícia Civil a prender um homem suspeito de manter a mulher em cárcere privado em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, na última quarta-feira (8), mostra uma rotina de tortura que impressionou até a delegada responsável pelo caso. A vítima contava estar sofrendo agressões físicas e violência psicológica há oito anos.
“Ele fica o tempo todo atrás de mim, vendo o que faço e me ameaçando”, diz um trecho da mensagem.
A delegada Mônica Areal contou que deve ouvir a vítima nesta quinta (9) e saber detalhes sobre o tratamento agressivo que ela recebia do marido. No momento da prisão em flagrante, o suspeito não resistiu à prisão e não fez qualquer comentário sobre a situação.
"Ela estava muito nervosa, e mal conseguia falar. Contou que tentou fugir, mas não conseguiu. Procurou a delegacia, mas não conseguiu formalizar a queixa. Ela vivia tão oprimida, tão dominada pelo marido que, no momento da prisão, ficou quietinha, calada num canto da porta. Deu para perceber o nível de dominação que ele tinha sobre ela", contou a delegada.