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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
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17 de Setembro de 2019, 08h:53 - A | A

NACIONAL / CASO PASTOR

Polícia Civil apreende celulares e computadores de Flordelis em operação

Delegacia de Homicídios cumpre mandados dentro da investigação da morte do pastor Anderson. Crime completou três meses esta semana

G1/RJ



Policiais da Divisão de Homicídios do RJ que investigam a morte do pastor Anderson do Carmo cumpriram nesta terça-feira (17) quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados à deputada federal Flordelis (PSD).

As equipes apreenderam celulares de Flordelis e de duas netas dela: Lorrayne e Rayane. Ainda foram retidos computadores e tablets, além de documentos.

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Dois dos filhos do casal estão presos pelo assassinato. A polícia ainda apura a motivação para o homicídio.

A suspeita é que Anderson foi morto por motivos financeiros e desavenças sobre a gestão patrimonial da família.

Onde as equipes estiveram

 

 

  • Local do crime, em Niterói;
  • Casa em Jacarepaguá, na Freguesia;
  • Gabinete no Centro do Rio, na Rua 1º de Março;
  • Apartamento funcional em Brasília, na Asa Norte.

 

O advogado Fabiano Migueis, que defende Flordelis, disse ao G1 que a operação já era prevista, tendo em vista a abertura do segundo inquérito para investigar a deputada.

A assessoria de Flordelis afirmou que "a operação é um ato da investigação policial e, como tal, não precisa ser comentado pela deputada".

Filhos são réus

 

Há um mês, dois filhos do casal se tornaram réus. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou denúncia do Ministério Público do Rio contra Lucas de Souza e Flávio Rodrigues pelo assassinato do pastor.

Flávio é filho biológico de Flordelis. Lucas foi adotado. Eles terão que aguardar o julgamento em regime fechado.

De acordo com a denúncia do MP, Flávio vai responder por porte ilegal de arma de fogo. A acusação diz que foi ele quem atirou no pastor. Já o irmão teria sido seu cúmplice ao comprar a arma do crime.

Os dois são acusados de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), com pena prevista de 12 a 30 anos.

 

A DH espera fazer no próximo sábado (21) a reprodução simulada do crime. Na semana passada, investigadores da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo estiveram no local do crime e intimaram dez pessoas.

Flordelis foi notificada posteriormente.

O objetivo da reconstituição, além de eliminar contradições, é descobrir se uma terceira pessoa participou do assassinato.

Caso chova, a simulação será adiada.

Investigação é do RJ, diz STF

 

Na volta do recesso do Supremo Tribunal Federal, dia 1º de agosto, o ministro Luís Roberto Barroso decidiu que o caso não tem relação com o mandato da parlamentar. Por isso, determinou a retomada da investigação no Rio de Janeiro.

Troca de acusações

 

No fim de agosto, Wagner Andrade Pimenta, conhecido como Misael, disse à polícia que a mãe adotiva foi a mentora intelectual do assassinato.

Misael afirmou que Flordelis manipulou os filhos até encontrar um que tivesse coragem para matar o pai adotivo.

Outros três filhos adotivos também prestaram depoimento e implicaram a mãe.

A defesa de Flordelis negou.

"É muito sórdido tudo isso que o Misael tem feito com ela. Difícil de entender. O que ela percebe no Misael é uma ambição imensurável. Situação que ela começou a notar quando ele quis atropelar o projeto político do grupo e ser candidato a deputado estadual na eleição passada", dizia a nota divulgada pela assessoria da deputada.

Para Flordelis, o atual vereador não gostou de ser preterido pela família. Segundo a nota, houve uma briga entre Misael e o pastor Anderson para decidir quem seria o candidato à Prefeitura de São Gonçalo nas eleições de 2020.

Trama começou em outubro de 2018

 

A TV Globo obteve o relatório final da Polícia Civil sobre o assassinato do pastor Anderson do Carmo. O documento mostra que há indícios de que a complexa trama familiar tenha sido iniciada em outubro de 2018.

Carlos também teria alertado o pastor sobre uma mensagem que viu no celular de Flordelis na qual a deputada dizia a Lucas dos Santos que bastava entrar no quarto e executar o serviço.

A suspeita de que o pastor vinha sendo envenenado também é investigada pela Delegacia de Homicídios de Niterói. Ele tomava remédio frequentemente e sem conhecimento, segundo depoimento de outra filha adotiva de Flordelis, Roberta dos Santos.

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