INARA FONSECA 8h00
DA REDAÇÃO
Abandonado há seis meses pela prefeitura de Rondonópolis, o Centro Integrado à Saúde da Mulher, conhecido como Clínica da Mulher, tornou-se ponto de encontro de usuários e traficantes de substâncias ilícitas, como crack e maconha. O hospital foi concluído em dezembro de 2010 mas não há equipamentos que permitam que a unidade seja inaugurada.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde de Rondonópolis pelo menos R$ 550 mil seriam necessários para compra dos equipamentos.
Para a construção do prédio da Clínica da Mulher foram investidos cerca de R$ 600 mil. A obra, iniciada na gestão do ex-prefeito Adilton Sachetti (ex presidente da Agecopa e sem filiação política atualmente) e concluída na do gestão atual de José Carlos do Pátio (PMDB), seria uma alternativa para desafogar a saúde pública de Rondonópolis.
Enquanto o impasse não é resolvido, o dinheiro público é jogado fora, um complexo hospitalar é depredado e a população feminina padece. De acordo com Sandra Raquel Mendes, presidente do Conselho Municipal da Mulher, não há um único mamógrafo na cidade.
Na última segunda-feira (11), o Conselho Municipal da Mulher realizou protesto em frente a unidade reivindicando a inauguração da Clínica da Mulher. Na ocasião um funcionário da Secretária Municipal da Saúde acusou a presidente do Conselho de estar utilizando a crise como palanque eleitoral.
"Somos um órgão fiscalizador, não é uma ação política, é uma obrigação nossa cobrar o funcionamento", explicou a presidente Sandra.
Após a manifestação, o secretário da Saúde de Rondonópolis, Valdecir Feltrin, afirmou que mesmo sem os equipamentos necessários a unidade será inaugurada no final deste mês.