MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
Os servidores dos Correios de Mato Grosso entraram em greve geral, na tarde desta quarta-feira (11), aderindo ao movimento nacional. A parada foi definida em assembleia feita em todos os Estados, na noite da última terça-feira (10).
Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintect-MT), Douglas Bernardo, apenas 30%, o exigido por lei, estão trabalhando. Com a parada de 70% dos funcionários, 600 mil correspondências deixaram de ser entregues no Estado, somente no primeiro dia da greve.
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A pauta foi definida após os funcionários se posicionarem contra a privatização dos Correios, medida proposta pelo Governo de Jair Bolsonaro (PSL).
"Nosso levante é pela não privatização dos Correios, nos posicionando contra a proposta do Governo Federal", conta o diretor.
Outra reivindicação é a regularização do contrato de trabalho.
"Estamos sem acordo coletivo de trabalho. A empresa sorrateiramente fez uma proposta de retirada dos direitos que temos, então estamos sem o acordo coletivo", argumenta Douglas.
A empresa propôs aumentar 0,8%, ao ano, do salário dos servidores, no entanto, iria retirar benefícios como vale-alimentação e a inclusão de pai e mãe no plano de saúde. Na somatória geral, conforme o sindicato, há uma perca de 9% do poder de compra dos trabalhadores.
Em Mato Grosso, segundo dados do Sintect, são 1.300 funcionários dos Correios, sendo 1.100 filiados ao sindicato.
Privatização
No entanto, o Governo Federal afirma que os Correios sempre foi um local de aparelhamento político. Em uma das entrevistas, concedida no mês passado, o presidente Jair Bolsonaro declarou “que o mensalão começou com eles” e que os Correios foi saqueado, como no fundo de pensão.
“Os funcionários perderam muito, tiveram que aumentar a contribuição para honrar”, disse o presidente, na ocasião.
Tiago 11/09/2019
600 mil encomendas continuam a não ser entregue... Ou seja, não muda nada...
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