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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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24 de Agosto de 2019, 07h:40 - A | A

POLÍCIA / MERCENÁRIO

DHPP desvenda homicídios em série após PM atirar em festa da Rotam

O disparo na festa levou à análise da pistola do tenente, Cleber de Souza Ferreira. Perícia constatou uso da arma em 7 casos de assassinato.

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



Um disparo feito pelo tenente Cleber de Souza Ferreira, na festa 'Arraiá da Rotam 2018', levou à apreensão de uma pistola 9 milímetros e à descoberta do uso da arma em ao menos sete casos de assassinatos em Várzea Grande entre os anos de 2015 e 2016.

Os homicídios fazem parte de investigação da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que desarticulou um grupo de extermínio que ficou conhecido como ‘Mercenários’. Conforme apurado, o grupo executava pessoas exclusivamente com finalidade financeira.

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A apreensão da arma e constatação do uso dela em sete casos, sendo quatro tentativas e três assassinatos consumados, levou a DHPP e o Grupo de Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) a deflagrar a Operação Coverage – que cumpriu mandado de prisão contra Cleber, na manhã de quinta-feira (21).

Outro tenente e dois tenentes coronéis também foram alvos da operação, por, supostamente, tentar falsificar a numeração da pistola de Cleber e o livrar do envolvimento nos assassinatos.

“Houve uma confusão no evento da Rotam e supostamente Cleber teria feito um disparo. A investigação do fato foi toda feita sem a apreensão da arma, até o promotor sentir falta nos autos”, afirmou o delegado Marcel Oliveira, da DHPP, ao .

Em 2019, a DHPP pediu perícia em todas as armas calibre 9 milímetros, que tinham passado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), nos últimos dois anos, para conexão a eventuais crimes de homicídios. A Politec constatou em laudos periciais de balística a utilização da pistola em três homicídios consumados e quatro tentativas de homicídios, ocorridos entre os anos de 2015 e 2016.

Ficha suja

Vale ressaltar que o tenente Cleber Ferreira Foi alvo também da Operação Assepsia, deflagrada no dia 18 de junho de 2019, pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil, para cumprimento de sete  mandados de prisão e 8 ordens de busca e apreensão, relacionadas à investigação sobre a entrada de aparelhos celulares na Penitenciária Central do Estado, em favorecimento de lideranças da facção Comando Vermelho.

Os policiais envolvidos neste fato conseguiram liberdade no mesmo dia da deflagração da Operação Coverage, o que manteve Cleber preso.

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