KAROLLEN NADESKA
DA REDAÇÃO
O deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM) afirmou ter ‘vivido’ momento difícil como líder do Governo Mauro Mendes (DEM) na Assembleia Legislativa por causa da renovação parlamentar e das propostas polêmicas que têm tramitado na Casa. No entanto, o democrata nega rumores de que tenha pensado em entregar o posto de líder, motivado por desentendimentos com o governador.
“Agora está um pouco mais difícil [exercer o cargo de líder]. Mas, é o início de mandato, com número maior de deputados novos... que estão no pique do parlamento”, destacou o deputado.
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“Agora está um pouco mais difícil [exercer o cargo de líder]. Mas, é o início de mandato, com número maior de deputados novos... que estão no pique do parlamento”, destacou o deputado.
Um dos momentos de pressão, vivido por Dilmar, trata-se do projeto que previa revisão e, consequentemente, corte de incentivos fiscais aprovado pela Assembleia em julho passado.
O relacionamento do líder com Mauro teria ficado abalado. À época o Governo teria ficado irritado porque alguns deputados havia se movimentado para desfigurar o projeto que podia comprometer o equilíbrio fiscal pretendido para 2020.
Em reunião no Palácio Paiaguás, Mauro e Dilmar Dal Bosco teriam trocado farpas porque segundo o Governo, o líder teria se aliado com o setor atacadista, que era contra a proposta, além de não ter se esforçado para ajudar a aprovar a medida.
No final, Dilmar ajudou a aprovar a medida juntamente com a base aliada do governador Mauro Mendes.
Porém, o parlamentar tem mais um desafio pela frente. O Legislativo deve analisar nos próximos meses mais uma pauta-bomba enviada pelo Palácio Paiaguás.
Desta vez, o Governo quer aprovar o Projeto de Lei 668/2019, que visa suspender todo tipo de pesca nos rios do Estado por cinco anos, mais conhecido como “Cota Zero”.
A preocupação é que a medida possa gerar colapso financeiro no setor e provocar desemprego em massa. E mais uma vez, a responsabilidade de articulação estará nas mãos de Dilmar Dal’Bosco.
Gestão Taques
O deputado também não viveu momentos fáceis quando foi líder do ex-governador Pedro Taques (PSDB). Por isso, nesse período, enfrentou diversos desgastes políticos, entre eles, a “queda de braço” com os servidores públicos, que duramente cobraram o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), que culminou em paralisações e prejudicou o equilíbrio fiscal do Estado.
No entanto, a liderança na Casa de Leis conseguiu afastar o clima de tensão vivido pelo chefe do Executivo e demais parlamentares que, mais tarde criaram uma Lei Complementar para garantir o pagamento integral do reajuste anual.