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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

23 de Julho de 2019, 17h:45 - A | A

GERAL / 20 ANOS DE CADEIA

Padrasto é condenado por espancar e matar enteado de 1 ano e 9 meses

De acordo com a Justiça, Tallys Henrique cometeu o assassinato por ciúmes da narmorada com o filho; o crime aconteceu em 2014, em Cuiabá.

MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO



Tallys Henrique Piris de Miranda foi condenado a 20 anos de prisão, pelo Tribunal do Júri de Cuiabá, nesta terça-feira (23), pelo homicídio triplamente qualificado do enteado de um 1 e 9 meses Hector Ulisses Batista Gomes. O assassinato ocorreu em dezembro de 2014, no bairro Dom Aquino. Tallys teria ciúmes da criança com a mãe, que à época era namorada.

Sessão foi presidida pela juíza Mônica Catarrina Perri, da 1° Vara Criminal de Cuiabá.

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Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o criminoso teve a intenção de matar, por motivo torpe, com emprego de crueldade, por meio de espancamento da vítima.

O julgamento começou na parte da manhã, por volta das 9h, no Fórum de Cuiabá. O promotor de Justiça Vinícius Gahyva Martins, coordenador do Núcleo de Defesa da Vida e titular da 1ª Promotoria de Justiça da Capital, foi responsável pela acusação.

Foi apurado, segundo o processo, que o condenado também tinha ciúmes da mãe do menino D.J.B.D.S., devido à ligação do filho, com o pai. Consta ainda, que o assassino também já havia ameaçado o pai da criança.

O casal Tallys e D., moraram juntos por um curto período de tempo e, após crises de ciúmes ela se separou, com isso, passaram a apenas namorar.

Na manhã do crime, Hector ficou aos cuidados da tia de D., para que o casal pudesse ir visitar o filho recém-nascido que estava internado no Hospital Geral. Mais tarde, já em casa, a mãe saiu e, por volta das 18h, Tallys foi procurá-la no carrinho de lanches da tia.

O tio informou que a mãe da vítima tinha ido marcar manicure para a mãe. Tallys então pegou o enteado com concordância dos tios e o levou para sua casa.

Depois de uma hora e meia, o acusado voltou ao carrinho de lanches com a criança perguntando da namorada e deixou recado para que ela fosse encontrá-los na casa da mãe dele. Ao se encontrarem, discutiram em razão da demora dela. Por volta de 21h30, Tallys levou comida para os tios da namorada e, ao retornar, pediu para que ela ajudasse a recolher o carrinho. D. foi e deixou Hector dormindo, sob os cuidados do assassino.

Aproveitando-se da ausência da namorada, Tallys matou Hector como forma de resposta ao ciúme que sentia.

“A conduta do denunciando revelou efetivo requinte de crueldade, frieza e desprezo à vida da vítima, eis que espancou seu frágil corpo sem que tivesse qualquer chance de defesa. Demonstrando ainda mais frieza, e com o objetivo de dissimular sua conduta delituosa, o denunciando deixou o corpo da vítima deitado no colchão da sala, enrolado em uma coberta. Em seguida, sentou no sofá e passou a assistir televisão”, consta na denúncia.

A ideia do criminoso, de acordo com as investigações, era dar aparência de que a criança teria morrido de forma natural e, assim, esconder o crime.

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