MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) decidiram pela continuidade da greve da Educação, em Mato Grosso, após votação em assembleia geral, na tarde desta segunda-feira (09), na Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá.
Após a deliberação, os sindicalistas seguiram para protesto pelas ruas da Capital, em passeata com objetivo de parar o trânsito e chamar a atenção para as reivindicações da categoria.
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Os grevistas pararam os trechos da Avenida Mato Grosso até a Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), no bairro Centro.
A greve completou três semanas nesta segunda-feira (10). Ao menos 93 municípios estão com as aulas da rede estadual suspensas.
A principal reivindicação é pelo reajuste de 7,69% em ganho real, que foi aprovado na gestão do ex-governador Silval Barbosa.
O Governo alega que está impedido de conceder reajuste, por ter extrapolado os gastos com a folha salarial e estourado o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Proposta do Governo
O Governo do Estado apresentou um ofício, na noite da última terça-feira (04), para tentar pôr fim à greve dos profissionais da Educação não agradou o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).
No documento, o Executivo Estadual explica as razões pelas quais o Estado está impedido, legalmente, de conceder o aumento salarial aos servidores públicos e demonstra que é essencial e o retorno aos limites de gastos com pessoal de acordo com o que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ou seja, 49%, para que seja possível que os reajustes possam ser novamente concedidos.
“A greve deve continuar até o Governo ter uma proposta. Mas quem define é a categoria, o sindicato não trabalha com nenhum tipo de flexibilização”, pontuou o presidente do Sintep-MT.
Para o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, a resposta do Governo em relação à paralisação não trouxe nada de novo e sequer cita o cumprimento da Lei 510/2013; calendário da melhoria da infraestrutura das unidades escolares; convocação do concurso público e cumprimento do artigo 245, que determina que sobre isenções e renúncias fiscais deva ser assegurado o percentual da Educação, ponto principal da paralisação.
“O que encerra greve é proposta e o documento não traz nenhuma. Agora, qual é a perspectiva de encerrar uma greve sem proposta?”, disse Valdeir Pereira.