MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
A nova direção da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá fez um corte na folha de pagamento dos funcionários de R$ 250 mil, na quarta-feira (27). A medida faz parte do planto de recuperação do hospital filantrópico, que possui dívidas de R$ 80 milhões e não paga os salários dos funcionários há seis meses.
A unidade está com as portas fechadas para atendimento a paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) desde o dia 11 de fevereiro.
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Atualmente a presidência do hospital é ocupada por Carlos Coutinho, que tem como seu administrador principal, Daniel Pereira.
De acordo com assessoria do hospital, os cortes na folha foram principalmente em cima das gratificações. Os salários mais altos pagos na instituição, segundo a diretoria, eram de R$ 19 mil, que também foram cortados. Ao todo, a Santa Casa abriga 800 funcionários ao custo mensal de R$ 1,5 milhão.
Na quarta-feira passada (20), o filantrópico já havia comunicado a suspensão de pagamentos relativos às gratificações, que totalizam R$ 100 mil. Na oportunidade, a direção também anunciou a demissão de pelos menos 145 funcionários, entre eles 25 pessoas com altos salários, que juntas acumulam rendimentos de R$ 150 mil mensais.
A Prefeitura de Cuiabá também estuda intervir administrativamente no hospital. Para isso, busca apoio da União e do Governo do Estado. O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) pode anunciar um plano operacional no hospital nos próximos dias.
Os oito deputados da bancada federal de Mato Grosso e a Assembleia Legislativa também atuam como agentes intermediadores, no sentido de encontrar uma saída para a crise no hospital, fundado há mais de 200 anos.
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