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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024

09 de Janeiro de 2015, 20h:11 - A | A

GERAL / ATROPELADO POR SAVEIRO PRETA

Ciclista que viu amigo morrer no asfalto diz que perdoou 'assassino' e espera justiça divina

Valdeci Soares disse estar abalado psicologicamente e qua ainda não consegue falar muito sobre o caso

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



Um dos sobreviventes do acidente que matou atropelado o ciclista e advogado, José Eduardo de Carvalho, de 59 anos, o diretor do SBT, Valdeci Soares, conversou por telefone, com a equipe do RepórterMT, nesta sexta-feira (9). 

Valdeci disse estar abalado psicologicamente e não conseguiu detalhar como foi o momento exato em que houve a tragédia. 

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“Fui o único que fiquei com ele (José) no momento. Estou muito abalado; erámos amigos, antes mesmo de começarmos a pedalar juntos”, comentou.

Valdeci revelou que prestou depoimento ao delegado Romildo Grota Júnior, da Delegacia Especializada de Delito de Trânsito, na manhã desta sexta-feira (9),  mas não poderia evidenciar o teor. 

“Ainda não me sinto bem em falar nada do caso. Estou me reservando do direito de falar, por conta do psicológico que está complicado”, destacou.

De acordo com Valdeci, a advogada Joelma Dias, que faz a defesa de Fábio de Mello, de 29 anos, ligou para ele dizendo que o acusado queria pedir perdão. Soares não quis falar com o Fábio, mas disse que já o perdoou.

“Disse para ela (advogada) que estava tudo bem. Porque o que ele (Fábio) fez, terá que pedir perdão a Deus, já que a Justiça dos homens, infelizmente, é fraca. Por isso, o perdoei, vamos dizer assim”, destacou.

Sobre a alegação de Fábio, que se defendeu dizendo que não estava bêbado no momento da tragédia, Valdeci disse não acreditar na versão. “Entreguei ele (Fábio) nas mãos de Deus. Porque não acredito nessa versão dele”, afirmou. O O acusado disse que perdeu o controle do carro, ao tentar mexer no aparelho de som do carro, atropelando os ciclistas. Segundo Wilson Carlos, testemunha que parou para tentar ajudar, Valdeci estava desesperado e tentava reanimar o amigo fazendo massagem no peito na vítima. "Eu falava pra ele, não adianta mais, ele morreu", disse Soares ao RpMT.  

FUGA DO LOCAL

Apesar Fábio e Mello ter negado estar embriagado no momento da tragédia, o delegado Romildo Grota Jr, que cuiada do caso, em entrevista à imprensa, disse ter uma testemunha que viu o motorista bebendo em uma festa momentos antes de atropelar e matar José Eduardo.

Após uma semana escondido, Fábio se apresentou na Polícia, prestou depoimento e foi liberado, porque se livrou  do flagrante. O delegado já pediu a prisão preventiva, mas a Justiça ainda não deferiu.

Grota Júnior aguarda o laudo pericial feito por agentes Politec para concluir o inquérito, que deve ser finalizado na próxima semana. Com isso, ele vai indiciar Fábio por homicídio no trânsito, lesão corporal, entrega de bebida a menor, fuga, omissão de socorro e fraude processual. 

Fábio disse que fugiu pela região do Coxipó do Ouro deixando as duas moças e o amigo, Holiver Guilherme, de 24 anos, na casa delas.

“Em seguida, deixei o carro na minha casa (no bairro Jardim Leblon, na capital) e fiquei andando pela cidade, dormindo em hotel”, disse. A ideia seria, justamente,  fugir do flagrante.  

O ATROPELAMENTO

O analista de sistemas, Diogo Azevedo, de 32 anos, o terceiro envolvido no acidente, contou ao RepórterMT, em entrevista no dia 31 de dezembro, que os ciclistas trafegavam a cerca de 40 km/h pela MT-251 quando sentiram um tranco. José Eduardo foi o primeiro a ser atingido e morreu ao bater a cabeça no chão.  Azevedo teve melhor sorte. "Eu fiquei desacordado por 30 segundos. Eu fui para cima e bati com as costas", observou. Azevedo comentou que o motorista do carro não chegou a frear antes de atropelar o trio de ciclistas.

Ao acordar, Diogo viu que José Eduardo ainda estava vivo. "Ele estava desacordado, mas tinha pulso", apontou. Várias pessoas que passavam pelo local pararam para ajudar.  

Segundo Diogo, rapidamente, Valdeci fez massagem cardíaca no ciclista, que estava inconsciente. 

"Pareceu começar a respirar. 5 minutos depois o Samu chegou. Eles (socorristas) foram direto nele, mas logo vieram me atender. E quando estava na ambulância, o enfermeiro socorrista me disse que já havia falecido", relatou.

Reprodução Facebook

valdeci

Valdeci diz que perdoou motorista que atropelou o ciclista Carvalho, no dia 31 de dezembro de 2014


 

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