ANDRÉ MICHELLS
DA REDAÇÃO
Caso os médicos e profissionais que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) entrem mesmo em greve, o caótico transito de Cuiabá poderá ficar ainda pior. É que os médicos do Samu deixarão de atender, por mês, cerca de 3 mil vítimas somente em acidentes de trânsito em Cuiabá. Na Capital, cerca 50% dos atendimentos realizados no Pronto Socorro, são de vítimas de trânsito. Destes, 70% são motociclistas. Todas as vítimas de trânsito são encaminhadas pelo Samu ao PS de Cuiabá.
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Os médicos do Samu se reúnem nesta terça-feira (07), na sede do sindicato da categoria, para votar o indicativo de greve. Os médicos alegam irregularidades para contratar profissionais e falta de estrutura. Se for aprovada a greve, o movimento será por tempo indeterminado e, antes de começar a paralisação, os profissionais têm 48 para comunicar o governo, por meio de edital.
A categoria informa que os médicos são contratados como reguladores e não como socorristas, como manda a legislação. A contratação legalizada daria direito do recebimento de insalubridade (adicional, por atividade de risco exercida).
De acordo com o sindicato, as contratações são para cargos em comissão, sem direito trabalhista algum. Segundo Ednaldo Lemos, presidente do Sindmed, a categoria não recebe 13º salário, licença-maternidade, FGTS e férias. O sindicato também cobra realização de concurso. Na visão do sindicato, o jeito que estão sendo feitas as contratações, é inadequado para quem realiza um serviço tão essencial.
Além das questões salariais, o sindicato cobra melhorias na parte estrutural da sede do Samu que, segundo a entidade, é precária. O presidente informou ainda que, se aprovada a greve, os 30% de funcionamento serão mantidos.