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Cuiabá, 12 de Maio de 2024
12 de Maio de 2024

29 de Agosto de 2012, 09h:55 - A | A

NACIONAL / ECONOMIA DOMÉSTICA

Tomate é vilão do orçamento

Produto teve alta de 38,72% entre o fim de junho e o começo de julho, aponta Abras

A GAZETA



 

Susto dos consumidores com o preço cobrado pelo tomate em Cuiabá é comprovada em pesquisa. Levantamento feito pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que o preço saltou 38,72%. Na 1ª quinzena de junho, o quilo do produto custava R$ 4,07 e subiu para R$ 6,18 no fim de julho. Alimento teve a maior alta de todos os itens pesquisados. Desembolso da população na aquisição da cesta AbrasMercado foi de R$ 285,89. Ela reúne 35 produtos de largo consumo e compreende alimentos, itens de limpeza e higiene pessoal.

Como reflexo da alta na matéria-prima, o extrato de tomate foi o segundo item mais caro da lista, com alta de 17,84%, seguido pela queijo mussarela (13,44%), o sabão em pó (12,45%) e o arroz (11,94%). Aumentos que tiram o sossego de Conceição Bruno Borges, 42. No último mês a doméstica teve optar por abastecer a geladeira ou pagar as contas e, pela primeira vez, a energia elétrica da casa dela foi cortada. “Dinheiro que a gente ganha hoje não dá mais para comprar o mesmo que antes”, desabafa. Para driblar o aumento, Conceição procura lojas de atacado, mas esbarra em outro problema, o transporte. Como não tem carro, depende de parentes para ajudá-la.

Dentro de casa é a esposa do Antônio Ferrari, 80, quem administra os gastos com supermercados, que têm “pesado” cada vez mais no orçamento. Enquanto isso, diz Ferrari, o benefício da aposentadoria, quando aumenta, é 5%.

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Recuo - Nos supermercados da Capital o pernil teve a maior retração no preço entre junho e julho (- 17,66%). Para Gilza Ferreira de Pádua, 39, a variação do quilo do feijão, que ocupa a 2ª colocação nos produtos que tiveram queda (-13,46%), foi a mais percebida. “Cheguei a pagar R$ 5 e já estou encontrando por R$ 2,99”, conta, garantindo porém, que a redução não impactou tanto na despesa final. Funcionária de uma prestadora de serviços gerais, Gilza incluiria o óleo de soja na lista de produtos que tiveram aumento. 

Números do Brasil - Vilão da cesta na média nacional, comparando-se junho e julho, também foi o tomate, com 48,23%; seguido pela farinha de mandioca (3,61%); e o queijo mussarela (2,73%). Produtos com as maiores quedas foram batata (-16,66%); carne dianteiro (-4,34%) e carne traseiro (-2,10%).

Vendas - Julho se manteve estável para o setor supermercadista. Na média nacional, segundo a Abras, a queda foi de 0,51% em relação ao mês anterior, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado mensalmente pela associação.Resultado semelhante foi obtido pela rede Compre Mais, avalia o coordenador de Vendas da empresa, Derli Locatelli, considerando o aumento da concorrência com a inauguração recente de um novo estabelecimento de grande porte na Grande Cuiabá. Além disso, conforme Locatelli, tradicionalmente julho é um mês de muitos eventos, que provocam a redução dos gastos da população nos supermercados.

Nos bairros, a percepção em relação aos eventos realizados no mês passado é parecida. Segundo Giovana de Oliveira, proprietária do Super Vip Supermercado, foi possível contornar o impacto usando propaganda e promoções.

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