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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

15 de Fevereiro de 2012, 07h:53 - A | A

OPINIÃO / WILSON CARLOS FUÁ

O Político e o vidente

WILSON CARLOS FUÁ



As eleições 2012, estão se aproximando muito mais rápido do imaginávamos, são momentos de muitas reflexões, porque ao votar de uma forma compromissada, ou pela  amizade,  pagamento de favores, ou uma perspectiva de vantagens futuras, estaremos povoando a Câmara com vereadores sem compromisso com a nossa Cidade, estaremos talvez elegendo um prefeito para usar a prefeitura como trampolim político para chegar ao Governo do Estado, fora a possibilidade da história se repetir, o eleito sair e colocar em seu lugar  um vice,  sem ter recebido um único voto e descompromissado de quaisquer projeto com o povo.

Comprometer-se com algo que é infinitamente superior às nossas forças é um aprendizado constante, mas dar um mandato de forma irresponsável é passar por  “bobó lelé” inconseqüente. Votar errado é um salto no escuro,  porque não sabemos onde vamos chegar, e pior do isso é  praticar outro erro  mais grave, que é reeleger um incompetente para continuar errando.

Povoando a Câmara de vereadores vaga-lumes, e de um Prefeito que sempre tira férias nos momentos decisivos, é muito  complicado, mas ao povo cabe entender que certos sacrifícios e privações são desnecessários para trilhar  um caminho errado em busca de sonhos políticos por uma cidade melhor para todos. E como povo, temos que entender que nossos sonhos precisam ter  a consciência da mudança, de crença, para que descubramos o que enfim  existe dentro de nós mesmos com ser consciente. E, o pior que  eles (os incompetentes) são colocados lá por nossa culpa. O importante é saber que depois implantar a consciência política dentro de nós, a realização do sonho é apenas conseqüência.

O segredo não está na melhor escolha, pois nunca saberemos qual será a melhor; o segredo está em sentir e escolher conscientemente tudo que intrinsecamente está relacionado com a verdade do candidato.

Pesquisando o passado desses candidatos, com  certeza  erraremos menos, e estaremos buscando o melhor, mesmo  que independente dos acontecimentos, saberemos sempre dar a volta por cima, por baixo ou quem sabe até de ladinho. Procure não votar em ninguém que está em busca da  reeleição,  para não fazer desse político,  um experiente enganador carreirista.

A consciência é subordinada a vontade e as ações. Temos responsabilidades a cumprir, e quando decidimos por um caminho a percorrer, nele encontraremos muitas dificuldades, porque ao elegermos um péssimo candidato somos cúmplice das suas ações. O importante é não perder o foco, o objetivo, o sonho de eleger o melhor para a nossa cidade.

No século passado, um vereador de nome Aparecido, louco para estar na mídia, não podia ver uma luz, já corria para dar entrevista, dizem que certa vez, abriram uma geladeira e ele já começou a falar, pensando que era a iluminação das câmeras de televisão.  Ele não abria mão de  aparecer na mídia, o  Vereador Aparecido, sempre querendo a Luz  e muito Brilho, procurou um vidente  da Rua da Mandioca, ali próximo do Baú Sereno, e encontrou o vidente de nome “Nhonhô Preto”, e disse-lhe: estou em busca de sucesso na política. E disse ao vidente:

- eu sinto muito próximo da Luz do sucesso e do Brilho dos famosos, agora eu quero saber qual será o próximo passo, para eu chegar lá?

O vidente “Nhonhô Preto”, pergunta ao Vereador  Aparecido:

- de onde vem o seu sustento?

Vem do povo que paga meus salários e dos pendulicários  que inventamos para engordar as nossas remunerações, tais como:  verba indenizatória; verba de Gabinete, auxílio Transportes, auxílio Moradia, auxílio Ternos; auxílio  Gravatas , Emendas Parlamentares e o Diabo a quatro.

-  Então se você quer a Luz e o Brilho na vida, o próximo passo é olhar o sol por 3 minutos, disse o vidente da Nhonhô Preto.

O Vereador Aparecido, obedecendo ficou a olhar o sol, e quando acabaram os três minutos, o vidente Nhonhô disse: agora me descreva.

O Vereador Aparecido, disse: não consigo vê-lo,  o brilho do sol, ofuscou os meus olhos.
O vidente Nhonhô disse-lhe:

“O homem ganancioso, que busca apenas  a luz e o brilho, sem uma profissão definida e sem um trabalho verdadeiro, primeiro deveria buscar o seu sustento através do seu talento e  nunca deixar a  responsabilidade do seu sustento para os outros, se ele (o salário) não vir de uma profissão, você ficará até  o fim de vida em buscar  da iluminação divina e o brilho do sucesso,  mas só terá os olhos da sua vida, queimados pelo brilho da vaidade e dos remorsos na consciência. Um homem que mantém os olhos fixos no sol termina cego,  igual aos que fazem da política uma profissão, esquecendo que ser político é a missão mais nobre que existe”, sentenciou  o vidente da Rua da Mandioca”.

Os políticos na sua maioria pensam que são heróis, pensam que são espertos na súcia de enganar e lograr o povo  e esquecem que ao desviar recursos públicos estão praticando uma malvadeza coletiva, ela retorna a eles com a mesma intensidade e rapidez.

Como esta cidade resiste a tudo: sobrevive a política de grupos,  submete a interesses econômicos localizados,  tem sempre os cofres combalidos pelo câncer da corrupção,  e diante da incompetência administrativa, resta como enganação maior, passar para o povo que  a grande saída é privatizar tudo.

Fica a pergunta: se você é incompetente para administrar porque candidatou?

O povo inconsciente é transformado em ratos de laboratório dos interesses econômicos localizados e de administrações incompetentes, corruptas e irresponsáveis.

De mandato em mandato, nos apresentam novos projetos descartáveis, que fazem o tempo passar e distraem o povo sobre os graves problemas  que acostumamos a tolerar sem reagir.
O prefeito ao se eleger,  loteia os cargos e usa todo o aparato da máquina pública sem neutralidade, as gestões estão sempre a serviço de algum interesse.

É por isso que cabe a nós no papel de cidadão, fazer  valer os nossos votos e não acomodar, e principalmente estar sempre em alerta contra esse estado de coisa, porque tem muita gente fazendo a política em benefício próprio.

Quando um candidato apresentar-se, pergunte a ele:

“Quem é o teu sócio e qual é nome do seu negócio, confie em mim”?
Casuza

Economista Wilson Carlos Fuá – É Especialista em Administração Financeira e Recursos Humanos
Fale com o autor: [email protected]

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Leandrinho 16/02/2012

E VOCÊ É O VIDENTE, FALOW AI

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