facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024

01 de Abril de 2020, 14h:18 - A | A

PODERES / DEBATE NO UOL

Mauro fala em 'barrigas vazias' e lembra que MT não é SP

O governador de MT, Mauro Mendes, critcou os exageros nas cidades. "Aqui (Mato Grosso), cidades sem nenhum caso suspeito pararam tudo e sem a menor razão".

MÁRCIA MATOS
DA REDAÇÃO



Em debate por videoconferência, promovido pelo portal UOL com os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) , o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) criticou a demora na liberação de recursos e insumos, pelo Governo Federal, para ajudar o Estado no combate ao coronavírus e a falta de coordenação nacional nas medidas restritivas, o que segundo ele, causou isolamento desnecessário em algumas localidades.  O democrata também enfatizou sua preocupação sobre a insegurança que causa parte da população estar “de barriga vazia”.

“Existiu a descoordenação nacional em parâmetro daquilo que pode o que não pode fazer a partir de que momento do coronavírus em cada cidade. Aqui (Mato Grosso), cidades sem nenhum caso suspeito pararam tudo e sem a menor razão. Em decreto nós estabelecemos, seguindo as portarias do Ministério da Saúde, com base em conceitos de contaminação local quais são essas providências e sendo de transmissão comunitária que são de outro nível de providência. Mato Grosso tem 904 mil km² e cerca de 3 milhões de habitantes. Não posso dar o mesmo tratamento que São Paulo deu”, argumentou Mauro Mendes, pontuando que as medidas de isolamento mais severas têm que ocorrer com base em índice de contaminação e  aglomeração populacional.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

“Vi vários gestores tomando decisões por pressão da mídia. Esse exagero foi por descoordenação. Todo mundo achou que a solução era parar tudo. Nós temos que cuidar para salvar vidas, mas não podemos arruinar a vida de milhões de brasileiros".

O governador ainda comentou que  o bombardeio de informações das mortes na Itália levou à certa perda da racionalidade e levou gestores a determinar o isolamento total sem necessidade.

“Vi vários gestores tomando decisões por pressão da mídia. Esse exagero foi por descoordenação. Todo mundo achou que a solução era parar tudo. Nós temos que cuidar para salvar vidas, mas não podemos arruinar a vida de milhões de brasileiros. A virtude, nesse momento, está no equilíbrio, em tomar decisões sensatas”, destacou.

Diferente do governador do Rio Grande do Sul que estendeu as medidas de isolamento, Mauro ponderou que é preciso avaliar o momento da epidemia em cada cidade para que o fechamento total ocorra antes do que o necessário e exemplificou que se um município  fecha tudo no primeiro caso constatado, não irá suportar as consequências econômicas e sociais quando houver 300 casos.

Sobre Mato Grosso ele ressaltou que  o governo tem recebido ajuda da iniciativa privada em doações de cestas básicas e insumos, mas demonstrou preocupação com a demora na liberação de recursos federais.

Reprodução

videoconferencia

 Mauro Mendes participou de vioconferência com governadores do Rio Grando do SUl e Espírito Santo.

“A iniciativa privada começa a se apresentar e com isso a gente quer dar resposta mais rápida. Tem gente parada há 10 dias e isso vai trazer grandes transtornos. Precisamos ser mais rápidos, porque com a barriga vazia não sabemos como vão se comportar”, comentou.

Mauro Mendes disse que até agora, o que chegou  a Mato Grosso foi pouco mais de R$ 6 milhões.

Comente esta notícia